quarta-feira, 23 de maio de 2012

UFOPA: Estudantes apoiam greve dos professores

Um ato público foi realizado por estudantes e professores na tarde de terça-feira (22) no Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). A manifestação ocorreu em apoio à greve dos docentes e foi embalada ao som de ‘Sociedade Alternativa’ de Raul Seixas. A greve já atinge pelo menos 41 universidades federais e dois institutos federais em 19 estados.
A paralisação pede a ampliação de vagas para concursos públicos, melhorias salariais e mudanças nas condições de trabalho dos professores. “Queremos reestruturação da carreira docente. Ela está a cada ano sendo desvalorizada porque o governo federal não prioriza um plano de cargos e salários decentes”, afirma o professor Sandro Leão.

Atualmente a Ufopa possui 228 professores. Segundo o comando de greve, pelo menos 170 já aderiram ao movimento que atinge os cinco institutos da universidade, enfatiza o professor Luís Fernando França: “Nós estamos com quase 100% da universidade parada, isso demonstra força do movimento docente na Ufopa e da adesão maciça dos nossos colegas”.
Além da pauta nacional, os manifestantes demonstraram a insatisfação com a atual reitor da universidade, José Seixas Lourenço. “Nós temos uma administração superior extremamente autoritária, rígida, unilateral que toma todas as decisões sem consultar a comunidade acadêmica e o pior de tudo, não é aberta para diálogo”, reivindica a estudante Mel Mendes.
De acordo com o pró-reitor de planejamento da Ufopa Aldo Queiroz, não há problemas de relacionamento entre reitoria e comunidade acadêmica: “Se existe problema de relacionamento não é por parte da administração da universidade, ao contrário, o reitor sempre recebeu todas as categorias”, afirma.
Outras pautas reivindicadas na manifestação foram acerca da estrutura da instituição. Segundo o estudante Renato Oliveira, são solicitações antigas que até hoje não foram atendidas: “Nós temos diversos problemas estruturais. Queremos que seja incluso no plano diretor a construção de alojamentos e um restaurante universitário”.
Sobre a construção de novas estruturas na universidade, o pro - reitor explicou: “A universidade poderia ter feito a mesma opção que outras instituições que foram criadas na mesma época da Ufopa, que foi primeiro construir os prédios para depois vir as pessoas, só que há um entendimento da administração superior e com a experiência do professor Lourenço, que quem faz a universidade são as pessoas”, finaliza.
Na quinta-feira (18), o Ministério da Educação divulgou uma nota sobre a paralisação dos docentes da Universidade Federal do Oeste Pará (Ufopa).

Fonte: Notapajos/ Com informações de Tatiane Lobato

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