terça-feira, 3 de abril de 2012

Tráfego na BR-163 prejudicado pelas chuvas

A idéia de que com os trabalhos de asfaltamento da Santarém-Cuiabá está perto do fim dos atoleiros e pinguelas em tempos de chuva, está errada. Quem percorre a BR-163 se depara com situações nada fáceis no período invernoso. A situação é complicada na altura do quilômetro 170. A erosão já corroeu as laterais que servem de acostamento. O abismo provocado pela queda do aterro representa um perigo para os motoristas desavisados.

A ultrapassagem para dois veículos, mesmo os de pequeno porte, se torna impossível. O mais curioso é que perto dali há uma frente de serviço encarregada de dar manutenção ao trecho, mas não há máquinas na pista indicando a recuperação.

Mais adiante as descidas íngremes continuam a desafiar a habilidade dos motoristas de caminhões. Apesar de ter sido colocada uma camada fina de pedra brita, os desafios são inevitáveis. Se o asfaltamento está atrasado por conta das chuvas, há também os entraves burocráticos e as suspeitas de desvio de verbas, amplamente divulgados na mídia nacional sobre superfaturamentos por parte do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

A presença do Exército no percurso da viagem é notada pelo menos nos perímetros onde o declínio dos cortes de serras ainda vence a habilidade dos motoristas de carretas. Se não se vê frente de trabalhos, pelo menos há suporte para quem não consegue ultrapassar os desafios. O 5º Bec atende pelo menos 15 pedidos de socorro de caminhoneiros. Cada operação entre a preparação até a conclusão do socorro, demora pelo menos 30 minutos. Só a subida demora em torno de 10 a 15 minutos, dependendo da situação do solo.

Não fossem as dificuldades das carretas, as condições pelo menos para transportes pequenos de preferencialmente traçados, são consideradas razoáveis nos trechos não asfaltados.

Como a previsão era entregar asfaltada a rodovia até o final do ano passado, diversas empresas foram contratadas. Com a falta de cumprimento dos prazos, não é difícil ver pelo menos no perímetro entre Santarém e Rurópolis, trechos com asfalto e interrompidos por trechos de chão.

Ao longo do trecho se vêem as pontes de concreto armado semi acabadas, faltando apenas a parte de aterro das cabeceiras. A qualidade do serviço das pontes, aos olhos de quem tem apenas o conhecimento empírico, é considerada boa.

Enquanto não passa o período das chuvas, não se verá também a movimentação de máquinas fazendo a recuperação da rodovia, para posterior asfaltamento. A demora na execução da camada asfáltica é tanta, que já se observam alguns buracos ao longo do trecho considerado asfaltado.

Situação pior é verificada na Transamazônica, principalmente no trecho a partir de Uruará até Brasil Novo, passando por Altamira. Os atoleiros quilomérticos têm prejudicado o movimento e o abastecimento de quem não tem outra saída a não ser tentar vencer os obstáculos. Na cidade de Placas, por exemplo, o movimento do comércio só não é pior, porque as mercadorias estão chegando através de Santarém.


 Fonte: O impacto


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