O Ibama, com apoio da Polícia Federal, Força Nacional, Instituto Chico  Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Batalhão de Polícia  Ambiental do Pará (BPA), iniciou nesta segunda-feira (02/4) uma  megaoperação na região de Cachoeira da Serra, no sudoeste do Pará, onde  uma equipe de fiscalização do Ibama e do ICMBio sofreu uma emboscada, há  cinco dias, na BR-163, a poucos metros do acesso à localidade.
As forças federais se deslocaram a Cachoeira da Serra logo após o  incidente para fortalecer a segurança do Ibama, que vinha atuando no  oeste paraense desde 19 de março. Os agentes fiscalizavam desmates e  cumprimento dos embargos de 2009 e 2011 com a operação Soberania e  fraudes no comércio de madeira com a Malha Verde em municípios como  Óbidos, Itaituba, Novo Progresso e Altamira.
Com a emboscada, o Ibama passou a vistoriar esta manhã os remanescentes  de florestas de Cachoeira da Serra em busca de explorações clandestinas  no entorno da Terra Indígena Menkragnoti, da Reserva Biológica da Serra  do Cachimbo e da Floresta Nacional do Jamanxim.
“Essas extrações ilegais abastecem as madeireiras envolvidas nos  esquemas de esquentamento de madeira que vínhamos reprimindo. Por isso,  acreditamos que o atentado foi uma tentativa de intimidar a  fiscalização”, diz o coordenador de Operações de Fiscalizações do Ibama,  Gustavo Podestá, que chegou à região após o incidente.
Já no primeiro dia de ação, cerca de 800 hectares de desmates de 2011 e  2012 para a implantação de pastagens ilegais foram identificados em  diversas fazendas e dois tratores, uma motosserra e uma espingarda  terminaram apreendidos numa exploração ilegal de madeira.
A Polícia Federal vai abrir inquérito  para apurar a emboscada aos agentes ambientais do Ibama e do ICMBio. No  sábado (31/03), peritos examinaram o local da troca de tiros e  servidores do Ibama e militares do BPA foram ouvidos. A PF trabalha com  as hipóteses de tentativa de assalto, retaliação da comunidade contra a  atuação do Ibama ou uma ação organizada por um fazendeiro de Cachoeira  da Serra para impedir a retirada do seu maquinário apreendido pelo  instituto numa extração ilegal.
O presidente da Associação de Produtores Rurais de Cachoeira da Serra,  Luiz Carlos Dechantt, procurou a coordenação da operação do Ibama para  negar que a emboscada tenha partido da comunidade e disse que repudia  qualquer ato de violência contra os servidores.
Fonte: O impacto

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