quinta-feira, 19 de abril de 2012

Cheia atinge diversas áreas de Santarém

A cheia do rio Tapajós começa a deixar em alerta moradores de Santarém, principalmente aqueles que vivem em áreas localizadas às margens do rio, como na avenida Tapajós, nos bairros Maracanã, Mapiri, Uruará e na Vila Balneária de Alter de Chão.
A última medição do nível do rio, realizada esta manhã (19) marcava 7,72 metros, quatro centímetros abaixo da medida no mesmo período de 2009, ano em foi registrada a maior cheia dos últimos 50 anos, na qual a altura do rio alcançou no dia 30 de maio: 8,31 metros.


Avenida Tapajós

Na avenida Tapajós a altura do rio ultrapassou o asfalto. O trecho mais crítico da via, onde foi interditado o tráfego de veículos é em frente a Capitania dos Portos. Na área do centro comercial, bombas de sucção ligadas 24h evitam o alagamento das ruas, porém a ação é paliativa.


Avenida Tapajós inundada em frente a Capitania



Bairro Maracanã

Na praia do Maracanã, as águas avançaram mais de 50 metros desde as barracas de vendas até a área destinada para o estacionamento dos veículos. A ponte que dava acesso as barracas está submersa. O transporte dos visitantes só é possível através de canoas. De acordo com os comerciantes, a cheia está provocando diminuição no número de clientes. A travessia até as barracas custa R$ 2,00.


Ponte que dá acesso as barracas está submersa


Bairro Mapiri

As ruas Acácia Prateada e Rosa de França no bairro Mapiri estão alagadas e a maioria das casas foram invadidas pelas águas da chuva. Pontes foram improvisadas para evitar o contato dos moradores com a água empossada. De acordo com eles, o local inunda devido o aterro realizado.



Bairro Uruará

As 60 famílias que moravam no chamado ‘Bolsão do Uruará’, área que sempre alagava nesta época, foram retiradas há aproximadamente dois meses, porém existem alguns moradores que ainda vivem atrás do ‘Bolsão’ e correm risco de terem suas casas submersas. Para evitar que isso aconteça, foram obrigados a construir as ‘marombas’, ou seja, aumentar a altura do assoalho da casa.


'Bolsão do Uruará'


Alter do Chão

Na vila, o nível do rio ultrapassou calçadas e inundou a primeira rua da orla. Os donos das lanchas de excursão informaram que estão fazendo em média cinco passeios por semana, menos do que no verão, quando realizam 15. Na ilha localizada em frente à vila, apenas uma barraca está funcionado, os comerciantes revezam entre si com o objetivo de minimizar os prejuízos.



Apesar de muitas áreas da cidade atingidas pela cheia, Santarém ainda não decretou estado de emergência. Conforme o coordenador da Defesa Civil major Luiz Cláudio, o atendimento aos locais em calamidade depende da arrecadação orçamentária: “Santarém possui uma arrecadação, Porto de Moz possui outra, obviamente ele vai sentir o impacto logo, de imediato, por esse motivo que Porto de Moz já declarou situação de emergência, porque não tem condição de fazer enfrentamento de desastre.”.


Fonte: Notapajos

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