![]() |
Grazziano Guarany |
Bom, talvez esta não seja a pergunta correta mas contem duas palavras que dão a tônica do que vivemos no interior do estado, abandono e esquecimento. A grande maioria da população da capital não tem a menor noção do que é a vida no interior do estado, nem mesmo de como é a vida na região do Marajó que nem fica tão distante quanto os milhares de quilômetros que ficam as regiões oeste e sudoeste da capital do Pará.
A pobreza e a falta de infraestrutura imperam no interior paraense, os índices de desenvolvimento humano são pífios e sofríveis, e mesmo assim a capital não quis o nosso desmembramento.
A campanha do NÃO foi muito bem arquitetada pelos políticos e poderosos da capital, e conseguiu ludibriar a massa de eleitores para votar de acordo com seus interesses. Na campanha do NÃO tudo era apenas NÃO, como uma criança que recém aprendeu a falar e não entende o que diz. Da boca dos eleitores do NÃO o que mais se ouvia era falar de dimensões geográficas, como se isso importasse mais do que o IDH. A campanha do NÃO nunca mostrou os números que indicavam que o NOVO PARÁ só teria a ganhar com a divisão, nem tampouco mostrou as mazelas das regiões que apostavam no SIM. Estudos econômicos mostraram que a queda de arrecadação do NOVO PARÁ seria menor do que a queda dos gastos com as regiões separadas. Isso a campanha do NÃO NÃO mostrou, pois não interessava que melhorasse a qualidade de vida das pessoas, mas sim o volume de recursos controlados por eles, este sim foi o verdadeiro motivo da campanha do NÃO.
Enquanto a campanha do SIM mostrava e demonstrava as vantagens para todos, a campanha cacofônica do NÃO apenas repetia NÃO e NÃO e NÃO,usando técnicas antigas e bem conhecidas para forjar uma ideia na cabeça do povo, porem sem conteúdo, apenas manobrando a massa social sem as informações corretas que poderiam definir um futuro melhor para todos do GRANDE, POBRE e agora dividido no coração estado do PARÁ, que permanecerá sofrendo de suas mazelas e pobrezas e tendo uma capital campeã de violência.
Resta ao povo do Carajás e Tapajós, lembrar nas próximas eleições de não votar naqueles candidatos paraquedistas que surgem na última hora com os bolsos recheados de dinheiro para pedir votos e esquecerem destas regiões após eleitos.
Vida que segue, bola pra frente e cabeça erguida, fizemos a nossa parte e isso é a DEMOCRACIA. Que Deus abençoe o grande Pará, pois precisamos muito.
Fonte: Grazziano Guarany
Nenhum comentário:
Postar um comentário