Escola Fulgêncio Simões é alvo de denúncias por parte de pais de alunos
Escola Fulgêncio Simões |
Nossa equipe de reportagem recebeu denúncia de uma mãe de aluno, da Escola Fulgêncio Simões, do município de Alenquer, Oeste do Pará, que relatou o fato constrangedor sofrido por ele na sala de aula. A situação foi presenciada por todos os colegas do filho dela no momento da aula.
De acordo com essa mãe, após questionar o baixo rendimento do filho, ouviu da professora a seguinte explicação: “Não tem como dar mais conteúdo não. Eles são “tudo” burro. Eu já separei a sala em três – essa fila é dos que lêem; essa outra dos que lêem um pouquinho; e essa aqui, aonde senta seu filho é a dos burros, que não lêem nada, não sabem nada”, disse a professora, que preferimos omitir o nome para preservar sua integridade. Esse tipo de comportamento separatista da professora e essa identificação dos estudantes com baixo rendimento é denominada de bullying. Uma ação combatida no mundo todo.
A família percebeu o sofrimento do estudante no fim de abril deste ano. Segundo o pai do menino, ele chegava em casa sempre chorando. Dizia aos pais que não queria voltar para a escola. O pai perguntava as razões, mas o menino não explicava. Diante do silêncio do filho, o pai procurou a escola. Nas reuniões, a coordenação pedagógica e as professoras diziam que o comportamento do filho era normal, sem motivos para preocupação.
“Até hoje, quase seis meses depois, meu filho continua sendo alvo de xingamentos diários por parte da professora que o chama de “SEU BURRO”. A situação não mudou, quem mudou foi meu filho, que aprendeu a lidar melhor com a situação”, disse o pai do aluno. Ele acredita que outros estudantes devem passar pela mesma ação dessa professora e os pais continuam inocentes no caso.
Os pais desse estudante, como tantas outras pessoas, além de se sentirem constrangidos têm medo de denunciar o caso. Um dos motivos é a retaliação, por estarem em uma cidade pequena. Neste caso, o que fazer? Que caminho tomar? E se fosse com seu filho?
Segundo especialistas, ações como dessa professora de Alenquer, se constituem em abuso de poder, que tende a ser crônico e geralmente expresso de forma pública. “Uma forma de humilhação que gera atenção por degradar um aluno na frente dos outros. O bullying pode ser uma cerimônia pública em que as capacidades da vítima são rebaixadas e sua identidade é ridicularizada”, informam os especialistas.
Nossa reportagem também foi informada que a Escola Fulgêncio Simões, tradicional no município de Alenquer, está com toda sua estrutura comprometida. E a diretora Maria do Rosário Reis Bentes deixa de tomar providências junto ao governo do Estado. Os riscos diante dessa falta de cobrança da direção da instituição escolar colocam em risco a vida dos alunos. As paredes do prédio confirmam a ação do tempo. E a evasão escolar nesse estabelecimento de ensino, é recordista na cidade de Alenquer.
Por: Alciane Ayres
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