quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Lixo e desorganização após o Festival do Sairé

Todos os anos a cena se repete. Lixo espalhado e palhas jogadas pelo chão, que permanecem semanas após o término do festival. Os restos de alegorias, que mais parecem ferros-velhos, ficam o ano inteiro expostos na praça onde ocorre o a festa do Sairé.

Há 15 dias da contagem dos votos, - última programação do Festival na praça - enquanto algumas barracas continuam montadas, outras desmontadas espalham palha por todo canto. Junto com o lixo, essa falta de organização torna o cenário desagradável aos olhos de turistas e visitantes da ilha.



Cabe aos organizadores do evento, tanto da comunidade, quanto da prefeitura, reparar o espaço. “Termina a festa e ninguém limpa. É uma obrigação de todo mundo, tanto da prefeitura quanto da comunidade e dos organizadores do boto. A equipe tem que ter essa visão de organizar a festa antes e depois. O que a gente pode fazer é cobrar deles”, declara o presidente do Conselho Comunitário de Alter-do-Chão, Mauro Vasconcelos.


Os comunitários propõem ao poder público a opção de construir as barracas pré-moldadas. “Já deve começar a mudar o estilo das barracas. Tem que ter uma barraca que seja montada e desmontada sem degradar o meio ambiente”, defende.

Para Mauro, a questão ambiental é a mais preocupante. Ele explica que para cada barraca, é necessário derrubar 50 árvores. “São, digamos, 60 barracas, ou seja, três mil arvores são derrubadas todo o ano. Ai elas são usadas cinco dias, depois são descartadas. Não há o reaproveitamento dessa madeira”, revela.



Alguns comunitários alegam que ainda não tiraram suas barracas porque estudam ou trabalham o dia inteiro. A prefeitura mandou ainda na tarde ontem (4), uma equipe de limpeza para retirar o lixo.

Para dar espaço às alegorias que ficam durante o ano todo expostas na praça, as organizações dos botos já possuem um espaço. "Agora já tem um local para guardar, inclusive a equipe da prefeitura já está limpando o local que vai fazer os barracões das alegorias", conta Mauro.

Segundo o presidente do Conselho Comunitário, uma reunião irá fazer o balanço do Sairé 2011. “Parece que vai ter uma reunião de avaliação e prestação de conta, é promessa tanto da organização do Sairé aqui de Alter, quanto da prefeitura. Nunca foi feito isso”, diz. Lá, os comunitários e representantes dos botos devem expor estes problemas.



Fonte: NoTapajós

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