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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Osmando: “Helenilson ainda está na creche da política”

As discordâncias com o atual governo do estado do Pará ganha mais agravante de frente partidária. Resultado do Não da consulta plebiscitária, no último dia 11 de dezembro. A repulsa a linha política adotada trouxe uma decisão radical pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), em relação ao PSDB no Pará. Não ter participação alguma no modelo político do atual governo do Estado paraense. Em entrevista à reportagem do jornal O Impacto, o presidente do PDT em Santarém, Osmando Figueiredo, diz os pontos que fortaleceram essa decisão.
Jornal O Impacto: O posicionamento de insatisfação do PDT em todo o estado do Pará à linha política do PSDB está relacionado ao posicionamento do governador Simão Jatene ter tomado a preferência pelo Não ao Carajás e Tapajós?
Osmando Figueiredo: No PDT no início da discussão da Lei para autorizar o plebiscito nós tivemos algumas divergências. Alguns deputados de São Paulo, a exemplo do deputado federal Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força Sindical), o deputado Nilo Teixeira do Rio de Janeiro e outros não eram convencidos da criação da Unidade Federativa, da criação de novos estados. No entanto, o deputado Giovani Queiroz, que é líder do PDT na Câmara dos Deputados, fez um esforço muito grande, através do exercício político na executiva estadual do Pará e convenceu o Partido a fechar o apoio tanto aos Estados do Carajás e Tapajós. E então, a pauta foi a plenário, votado e aprovado o plebiscito. Ocorre que mais de 90% das pessoas que foram ouvidas oficialmente pelo Tribunal Regional Eleitoral disseram Sim à criação dos Novos Estados. Ou seja, Santarém foi 98%. Nós não temos, enquanto executiva estadual do partido, de explicar para o diretório nacional um alinhamento com o PSDB e o Simão Jatene, quando ele foi o principal vetor para reprovação do projeto.
Jornal O Impacto: Qual a razão da bancada do PDT para se desvincular do modelo de ação do PSDB?
Osmando Figueiredo: O PDT tem alguns cargos no governo do Estado e a recomendação que a executiva do partido vai repassar é que a companheirada se exonere desses cargos, entregue os empregos para o Simão Jatene. Porque não tem como a gente fazer um discurso com um Governador que é de um partido político que escalou o deputado federal Zenaldo Coutinho, do PSDB, como o principal coveiro do nosso projeto. Ele sepultou a esperança das regiões
Jornal O Impacto: A linha de trabalho do PDT diverge muito com a linha do trabalho do atual governo?
Osmando Figueiredo: É uma correção política. O Jatene tem uma visão que o Pará limita-se a Belém e a área metropolitana da capital. E nós temos uma visão enquanto partido com todas as áreas, principalmente as mais afastadas, a exemplo dos municípios existentes no Carajás e Tapajós. E a visão estratégica de política para o Estado. O governo do Estado aplica 5% do PIB na região Oeste do Pará. Os 95% naturalmente são aplicadas na região metropolitana de Belém. Não temos nada contra Belém. Mas, estamos preocupados com isso. Não estamos divergindo por questões éticas, por questões ideológicas e posicionamento político que era de interesse da população do Carajás e Tapajós.
Jornal O Impacto: Como pode ser analisado o posicionamento do vice-governador Helenilson Pontes, no plebiscito? 
Osmando Figueiredo: Fui aconselhado para não tratar no nome do vice-Governador, porque você se diminui politicamente. Respeito o Helenilson Pontes como advogado. Mas, como político ele é um menino que ainda está em uma creche, não está nem naquelas séries que a criança faz quando está com 5 anos de idade. Eu não vou bater boca com um político que não é do ramo. Como ele não é do ramo, o melhor que nós fazemos no Oeste do Pará, é deixar ao esquecimento. Porque ele não tem condições de falar nada em nome da região. Como vice-Governador tinha condição de peitar o Governador para que ficasse neutro. Mas, ele ajoelhou e se acovardou pelas circunstâncias. Provavelmente, interesses que só ele sabe quais são. Por isso, não vou tratar política com o vice-Governador. Eu acho que todos os partidos que tem uma linha de conduta devem se afastar do governador do Estado. Se não estiverem lá só por troca de emprego. Agora, se é por projetos para a população, teriam que se afastar. Entregar os cargos e cuidar da vida de cada um. Cuidar do problema partidário, cuidar das ações dos partidos que possam trabalhar o macro das regiões do Carajás e Tapajós.
Jornal O Impacto: O rompimento vai ser em todo o estado do Pará?
Osmando Figueiredo: Sim. Estamos entregando a Secretaria de Ação Social, que hoje o PDT ocupa. Já comunicamos às bancadas estadual e a federal. Aqui em Santarém nós não aceitamos nenhuma representação. Porque fui contra a linha do PDT, como base de apoio ao PSDB. Porque eu achava ser antiético estarmos vinculados ao PT, ao governo Ana Júlia. Devido o PSDB mal ter tomado posse e se vinculou ao Jatene. Eu não aceitei que o partido tivesse qualquer cargo político.
Jornal O Impacto: Como o partido do PDT pretende seguir as atividades, paralelo ao governo do PSDB no Estado até o término desse mandato?
Osmando Figueiredo: A estratégia do partido é de crescimento, a nível estadual, com as próprias pernas. Com a candidatura a prefeitos em cidades importantes. A exemplo dos municípios de Santarém e Itaituba. Onde der para a gente lançar candidato a Prefeito vamos fazer. Nós não podemos estar vinculados a nenhum governo, pelo simples fato de lá nos termos cargos e defendermos empregos. A gente vai dá uma realinhada no partido para 2012. Porque senão, fica complicado participar de governo, só em troca de cargos. Por maioria dos votos a executiva concorda com o rompimento do PSDB com o governo do Estado. Falta apenas um documento que está sendo preparado para fazer a comunicação oficial. A posição que o PDT toma não é uma posição de represália, mas é uma posição de reconhecimento que nós não podemos estar atrelados a um governo que sepultou o principal projeto de desenvolvimento econômico que o partido defendia em nível de Estado, o Carajás e Tapajós.

 
Fonte: Alciane Ayres