quarta-feira, 17 de abril de 2024

Escritor santareno Francisco Vera Paz lança terceiro livro da série 'Marias e Encantarias'


A série "Marias e Encantarias", oficialmente ganha mais um título. A obra do escritor santareno Francisco Vera Paz chega ao seu terceiro livro e contará com um lançamento em Santarém, no oeste do Pará, com a realização de um evento virtual e outro presencial nos dias 17 e 18 de abril, respectivamente, celebrando o Dia Nacional do Livro 📖 e a Literatura Infanto juvenil. Nesta quarta-feira (17), às 19h30, o lançamento virtual será no Canal Lelit da Ufopa, no Youtube, com mediação da Professora Daiane Bezerra e Participação especial do Prof Dr. Zair Henrique Santos, que escreve o prefácio, além da presença de Sabrina Kelly – atriz e uma das jovens militantes pela integração e participação social das pessoas com deficiência no meio cultural, que leu o livro em Braille e apreciou as ilustrações através das descrições de imagem. A transmissão contará com o intérprete de Libras, Alexandre Magno.
Na quinta-feira (18), será a vez do lançamento presencial na sede do Serviço Social do Comércio (Sesc), localizada na Rua Wilson Dias da Fonseca, 535, Centro de Santarém. A programação começa às 15h, quando o autor terá um encontro agendado com 🤓 leitores infantis e às 18h30 recebe o 👨‍👩‍👧‍👦 público em geral para uma conversa e apresentação do novo volume da série. “Marias e Encantarias” busca firmar o universo ficcional-literário de expressão amazônica trabalhado pelo autor, Francisco Vera Paz, desde o lançamento do primeiro título da série, em 2021. Os dois primeiros volumes narram a saga das irmãs Gracita, Dorica e Nazica na floresta e o convívio com a encantaria do lugar, além da espera da mãe, que roga o retorno das filhas para casa.
O terceiro volume agora conta a véspera, ou seja, mergulha nas recordações da noite que antecede a ida das personagens para a floresta. São cinco contos acompanhados por ilustrações que abrem cada narrativa. Os textos bebem na fonte primordial do imaginário de povos originários, ribeirinhos e quilombolas, já as ilustrações resultam de pesquisa a partir da visualidade de grafismos e icnografias do artesanato tradicional de cuias praticado na região do Aritapera. Marias e Encantarias assume um compromisso com o leitor infanto juvenil, por ser uma das poucas obras desenvolvidas na região, que sejam voltadas para este público. 
Porém, o convite à leitura acaba sendo estendido ao público de todas as idades. “É um livro desenvolvido para um público que está em um despertar para a literatura e que pode ter acesso à uma obra com linguagem artística, mas acessível, que alcança a imaginação da criança e que pode ser apreciada por leitores jovens, adultos e de todas as idades. Espero continuar alimentando essa literatura de expressão amazônica, sendo uma fonte de expressão artística”, destacou Francisco Vera Paz sobre o projeto.
Francisco Vera Paz é autor e ilustrador independente, natural de Santarém (PA). Em 2019, recebeu o prêmio literário Dalcídio Jurandir, concedido pela Imprensa Oficial do Estado – IOE-Pa. Em 2021 foi contemplado pelo edital de livro e leitura – Lei Aldir Blanc. Sua obra vem ganhando espaço junto ao público leitor infantil do oeste paraense, onde a produção de literatura para este segmento é quase inexistente. Atualmente, prepara a continuidade da série “Marias e Encantarias”, cujo quarto livro se chamará A Cuia do Destino. Adotou o nome artístico e literário “Vera Paz”, em homenagem à Praia, antigo cartão postal de Santarém, destruída pelos impactos ambientais causados pela atividade portuária no rio Tapajós, e que existe apenas na memória cultural da cidade. Representa a preocupação socioambiental e identificação do artista com sua terra.
Doutorando, Vera Paz é integrante do Grupo de pesquisa, estudos e intervenção em leitura, escrita e literatura na escola (LELIT) da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Realizou atividades de leitura e contação de histórias em diversos projetos em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC) e há mais de 20 anos, traz em sua obra, além dos contos autorais, releituras de outras histórias contadas, da sabedoria popular e de sua profunda relação com a Amazônia.
“Andei em comunidades, hospitais, creches, escolas e muitos outros lugares. Quando a gente leva histórias, a gente ouve também muitas histórias e dessa comunhão, ouvi muita coisa e aprendi que temos uma cultura narrativa muito forte na região e que é muito presente na nossa formação, relações, no jeito de ser”, conclui Francisco.

Fonte: G1 Santarém

Nenhum comentário:

Postar um comentário