sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Laboratório da Ufopa identifica espécies de peixes ornamentais apreendidas em Santarém

O Laboratório Múltiplo para Produção de Organismos Aquáticos (Lampoa) da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) identificou as diferentes espécies de peixes ornamentais apreendidas em Santarém na noite do último dia 22. Os peixes ornamentais que foram capturados no município de Vitória do Xingu e seriam entregues a uma pessoa na ocupação Bela Vista do Juá, em Santarém, foram apreendidos por uma guarnição da Polícia Rodoviária Federal, encaminhados à delegacia e depois levados à Secretária Municipal de Meio Ambiente (Semma), que os destinou à Ufopa. A Semma, inicialmente, acreditava tratar-se de 400 exemplares. Entretanto, triagem feita por Luciano Jensen e Michelle Fugimura, professores da Ufopa e pesquisadores do Lampoa, constatou que são 530 peixes. A identificação das diferentes espécies foi realizada por dois docentes especialistas na área de taxonomia de peixes, Prof. Frank Raynner Vasconcelos Ribeiro e Prof. André Luís Colares Canto, ambos pesquisadores da Coleção Ictiológica do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) da Ufopa). Os professores identificaram nove diferentes espécies apreendidas. São elas: Panaque cf. armbrusteri, Ancistomus feldbergae, Hypancistrus sp. 1, Hypancystrus sp. 2, Panaqolus tankei, Pseudancistrus asurini, Scobinancistrus aureatus, Scobinancistrus sp. e Batrochoglanis villosus. O trabalho de identificação taxonômica é importante para se conhecer quais espécies estão sofrendo mais ação do impacto de captura ilegal pelo tráfico de animais na região. O destino dos peixes ainda está sendo definido pela Semma, que está verificando a possibilidade de transporte e soltura em ambiente natural de origem destes animais. Enquanto isso, os peixes estão sendo mantidos em condições adequadas de qualidade de água e alimentação no laboratório da Ufopa. “Muitos dos peixes que são transportados desta forma ilegal acabam apresentando condições de emagrecimento grave e não sobrevivem. Desta forma, este período de manutenção e alimentação dos peixes em laboratório é importante para garantia da sua sobrevivência e bem-estar”, reforçou Michelle Fugimura, pesquisadora e professora da Ufopa. 

Fonte: G1 Santarém

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