“O gerente da Bertolini desrespeita os
moradores do bairro da Matinha porque pensa que Santarém é uma cidade
sem lei”. Foi com este desabafo que o presidente da Associação de
Moradores do Bairro da Matinha, Lázaro de Jesus, popular “Melancia”,
mostrou toda sua revolta em relação ao bloqueio da Alameda Alecrim, que
foi feito a partir da construção de dois portões de madeira, colocados
de maneira desrespeitosa por funcionários da empresa Transportes
Bertolini Ltda (TBL) ou Ibepar Participações, no local.
Desrespeito: Desde o mês de maio último,
funcionários da Bertolini lacraram a Alameda Alecrim, na divisa dos
bairros da Matinha e Cambuquira, impedindo o acesso a rodovia
Santarém-Cuiabá (BR-163) de membros de mais de 12 famílias que moram às
proximidades. O fato revoltou a Associação de Moradores da Matinha que
promete formar uma comissão para cobrar providências junto ao Ministério
Público Estadual (MPE) e a Prefeitura de Santarém.
O líder comunitário Lázaro de Jesus
informou que a Associação entrou em contato com várias lideranças
partidárias, onde firmou uma parceria para que depois das eleições, uma
comissão percorra a área da obra da Bertolini, para fazer filmagens e
fotos, com o intuito de levar ao Ministério Público para ver o que podem
fazer pelos moradores da comunidade da Matinha.
“Isso não pode acontecer, porque a
Alecrim é uma rua que existe no mapa de Santarém e vem sendo usada pelos
comunitários há mais de 40 anos e ainda é a divisa da Matinha com o
Cambuquira”, citou o comunitário.
Segundo Lázaro “Melancia”, está
explícito em uma lei federal que toda via, após ser usada por moradores
por cerca de 01 ano e 01 mês não pode mais ser fechada e, que com base
na legislação a Associação da Matinha vai correr atrás das autoridades,
com a proposta de desbloquear a rua.
Segundo Lázaro “Melancia”, alguns
moradores procuraram a gerência da Bertolini para dialogar, mas foram
recebidos com ignorância pelo gerente. Lázaro garante que a Associação
vai fazer outra comissão para acompanhar o caso e cobrar soluções das
autoridades. Do jeito que está não pode ficar: “Vamos correr atrás das
autoridades porque sem batalha não vamos ganhar a guerra. O gerente da
Bertolini se sente poderoso, mas existem leis que dão prioridade para
todos os cidadãos”, ressalta o líder comunitário do bairro, argumentando
que “o normal seria a empresa ter chegado ao lugar e ter se informado
como era o sistema da comunidade, para poder interagir com os
moradores”, ressaltou.
“Eu conheço a rua há muito tempo e todos
sabem que existia uma cerca de arame do outro lado da via, mas foram
espertos e emendaram com o muro da Estância Alecrim, impedindo a
passagem dos moradores”, concluiu.
Fonte: O impacto
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