sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Líder Comunitário denuncia abuso da empresa Bertolini

O gerente da Bertolini desrespeita os moradores do bairro da Matinha porque pensa que Santarém é uma cidade sem lei”. Foi com este desabafo que o presidente da Associação de Moradores do Bairro da Matinha, Lázaro de Jesus, popular “Melancia”, mostrou toda sua revolta em relação ao bloqueio da Alameda Alecrim, que foi feito a partir da construção de dois portões de madeira, colocados de maneira desrespeitosa por funcionários da empresa Transportes Bertolini Ltda (TBL) ou Ibepar Participações, no local.

Desrespeito: Desde o mês de maio último, funcionários da Bertolini lacraram a Alameda Alecrim, na divisa dos bairros da Matinha e Cambuquira, impedindo o acesso a rodovia Santarém-Cuiabá (BR-163) de membros de mais de 12 famílias que moram às proximidades. O fato revoltou a Associação de Moradores da Matinha que promete formar uma comissão para cobrar providências junto ao Ministério Público Estadual (MPE) e a Prefeitura de Santarém.

O líder comunitário Lázaro de Jesus informou que a Associação entrou em contato com várias lideranças partidárias, onde firmou uma parceria para que depois das eleições, uma comissão percorra a área da obra da Bertolini, para fazer filmagens e fotos, com o intuito de levar ao Ministério Público para ver o que podem fazer pelos moradores da comunidade da Matinha.

“Isso não pode acontecer, porque a Alecrim é uma rua que existe no mapa de Santarém e vem sendo usada pelos comunitários há mais de 40 anos e ainda é a divisa da Matinha com o Cambuquira”, citou o comunitário.

Segundo Lázaro “Melancia”, está explícito em uma lei federal que toda via, após ser usada por moradores por cerca de 01 ano e 01 mês não pode mais ser fechada e, que com base na legislação a Associação da Matinha vai correr atrás das autoridades, com a proposta de desbloquear a rua.

Segundo Lázaro “Melancia”, alguns moradores procuraram a gerência da Bertolini para dialogar, mas foram recebidos com ignorância pelo gerente. Lázaro garante que a Associação vai fazer outra comissão para acompanhar o caso e cobrar soluções das autoridades. Do jeito que está não pode ficar: “Vamos correr atrás das autoridades porque sem batalha não vamos ganhar a guerra. O gerente da Bertolini se sente poderoso, mas existem leis que dão prioridade para todos os cidadãos”, ressalta o líder comunitário do bairro, argumentando que “o normal seria a empresa ter chegado ao lugar e ter se informado como era o sistema da comunidade, para poder interagir com os moradores”, ressaltou.

“Eu conheço a rua há muito tempo e todos sabem que existia uma cerca de arame do outro lado da via, mas foram espertos e emendaram com o muro da Estância Alecrim, impedindo a passagem dos moradores”, concluiu.


Fonte: O impacto

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