sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Guerra entre polícia e PCC em São Paulo


Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo mostram que 76 policiais militares já foram mortos os neste ano. O número é 43% maior que o registrado em 2011. As vítimas são quase sempre atacadas durante a folga, pegas de surpresa e fuziladas com armas de grosso calibre. Os autores dos crimes seriam integrantes do PCC, principal organização criminosa de São Paulo. O governo do Estado nega o envolvimento da facção criminosa na morte dos policiais.
A guerra entre traficantes e PMs não para. Nos últimos dez dias, pelo menos quatro policiais militares foram mortos no Estado. A resposta aparece com o crescente número de suspeitos mortos em confronto com polícia.

O major aposentado e deputado, Olímpio Gomes, que integra a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, teme o sentimento de vingança por parte dos PMs, o que também determinaria uma ação criminosa.

— Eu vejo no comentário dos policiais, no submundo dos quartéis e delegacias quando se diz, olha, já que a lei não tá resolvendo e não há estrutura governamental dando suporte, vamos passar para o caixa 2. O caixa 2, no linguajar do submundo policial, é execução de marginais. E eu temo muito por isso porque não se justifica tentar fazer justiça saindo da justiça.

Um documento apreendido e enviado ao Ministério Publico mostra o poder de fogo do crime organizado. Segundo o texto, que seria enviado aos líderes presos do PCC, a facção contabiliza 88 fuzis, 63 pistolas, 11 revolveres, oito dinamite e três bombas, além de diversos imóveis e veículos. Ao todo, o grupo teria 1.343 homens, quase o dobro de um batalhão da PM.

Para o major Olímpio Gomes, não adianta negar a existência dessa guerra. 

— Não adianta ficar negando a existência de quadrilhas ou facções quando a realidade é clara e ele vai demonstrando que elas existem. E que emanam ordens de dentro dos presídios paulistas.

Assista ao vídeo:


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