O governador Simão Jatene reuniu-se na tarde desta terça-feira (16)
com o comandante geral do Exército, general Enzo Martins, em Brasília,
no Quartel General, onde reiterou o compromisso e a intenção do Estado
em firmar parceria com as Forças Armadas para a instalação de um Colégio
Militar no Pará.
"Sem dúvida, um dos maiores
desafios que temos na nossa gestão é melhorar a qualidade do ensino no
Estado. São várias frentes em que temos de atuar, com diferentes
alternativas e mecanismos para que isso ocorra. Inclusive, já estamos
desenvolvendo várias ações. Assim, não tenho dúvida de que um desses
mecanismos é a instalação no Pará de um Colégio Militar, que é
excelência na educação de jovens. Vejo que um Colégio Militar serve como
um farol, iluminando as demais instituições de ensino, públicas e
privadas, nivelando por cima nossa educação", afirmou Simão Jatene.
O governador destacou ainda que já foram feitas outras reuniões sobre o
assunto, uma delas em março deste ano, com o comandante da 8ª Região
Militar, general Carlos Peixoto, em Belém. "Estamos dispostos a firmar
uma grande parceria para a efetivação deste que é um sonho nosso, do
governo do Estado e de toda a sociedade paraense, sem dúvida", reiterou
Jatene.
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA),
coordenador da bancada federal do Pará, também esteve na reunião e
informou que já existe compromisso de toda bancada em reservar verbas em
emendas de bancada no Orçamento da União para o projeto executivo da
construção do Colégio Militar.
"Esse é um objetivo
conjunto e que certamente, independente de partido, todos da bancada
apóiam sem nenhuma restrição. Sabemos que um projeto deste porte só pode
ser efetivado se tiver verba no orçamento e para isso a bancada está,
assim como o governo do Estado, à disposição do Exército Brasileiro",
argumentou.
O
comandante geral do Exército, Enzo Martins, elogiou a iniciativa do
governo do Estado em abrir o diálogo com as Forças Armadas e demonstrar a
intenção de forma explícita para que o Estado receba um colégio
militar. "Aprecio a seriedade com que o tema é tratado, assim como o
reconhecimento da qualidade de ensino nos colégios militares. Entendo
que existe a necessidade e queremos sim ter um colégio militar em Belém,
não só para os filhos de militares – em que temos um grande contingente, mas também para a sociedade civil, uma vez que são abertas vagas
para alunos do município onde o colégio é instalado", disse o
comandante.
"No momento estamos finalizando um
processo de reestruturação de nosso efetivo em todo Brasil, para então
darmos início a projetos desse porte. Fico satisfeito com a intenção do
governo do Estado e a seriedade com que o governador veio tratar do
assunto. Vamos manter nossos estudos e aprofundar este tema, para
sinalizar e sabemos que o fundamental para que isso ocorra é justamente
essa porta aberta e esse diálogo que está sendo feito com o governo do
Estado e com o Congresso Nacional”, destacou Enzo.
O
projeto inicial de um colégio militar em Belém foi abordado em março
deste ano. A proposta é de construir uma unidade de ensino que poderá
beneficiar até 2,5 mil alunos dos ensinos fundamental e médio (sexta
série ao terceiro ano) por ano no Pará, com infraestrutura completa para
a formação integral de crianças e jovens. Atualmente, o Brasil tem
apenas doze colégios militares. Os últimos foram instalados em 1992, em
Juiz de Fora (MG), e Campo Grande (MS).
Ainda
segundo o projeto inicial, o Colégio Militar será instalado em Belém, no
bairro da Marambaia, onde o Exército articula com a Marinha a concessão
de uma área de 150 mil metros quadrados para a construção. Os colégios
militares são reconhecidos em todo país pela alta qualidade de ensino e
baixo custo, quando comparados ao mercado educacional.
A média de
mensalidade é de R$ 110, oferecendo a estrutura completa para o ensino
de crianças e jovens. Metade das vagas é reservada para civis.
Fonte: Agência Pará
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