sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Simão Jatene assina no Japão contrato do ação Metrópole

O governador Simão Jatene vai a Tóquio, no Japão, para assinar, na próxima terça-feira, 4 de setembro, com o governo japonês, o contrato de empréstimo internacional que garante a execução do projeto Ação Metrópole, que implantará uma série de melhorias no sistema de transporte na Região Metropolitana de Belém (RMB). Jatene e comitiva governamental embarcam nesta quinta-feira (30) para o país, em missão que garante ao Estado o recurso da ordem de R$ 320 milhões para financiamento da obra.

O transporte é uma questão de integração metropolitana, que o projeto de mobilidade Ação Metrópole vai assegurar, graças à assinatura do contrato com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), diz o governador. “Vamos ao Japão em busca de uma solução para a mobilidade dentro da RMB, para que o trabalhador tenha um transporte de qualidade que integra vários corredores e linhas de Marituba a Belém”, afirma Simão Jatene.

O projeto de mobilidade urbana do governo do Estado integrará os municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará, com a implantação do Bus Rapid Transit (BRT) do Entroncamento, na saída da capital, até Marituba, na Grande Belém. O governo do Estado desenvolve o Ação Metrópole em parceria com a Jica desde 1990; a partir de agora, a agência também será a financiadora do projeto.

A comitiva governamental permanece até o dia 8 no Japão. Na ocasião, os diretores do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), responsável pela implementação do Ação Metrópole, também vão fechar, junto aos japoneses, a contratação internacional da consultoria geral para o projeto de mobilidade urbana, que implantará o Sistema BRT na RMB. Representam o núcleo o diretor geral, César Meira, e a diretora executiva, Marilena Mácola.

O Ação Metrópole foi iniciado em 1990, quando a capacidade de mobilidade urbana de Belém começou a apresentar sinais de saturação. Para solucionar o problema, o governo do Estado desenvolveu estudos que resultaram na proposta de implantação de uma rede integrada de transporte público coletivo, o BRT, em uma nova infraestrutura viária, com vias alternativas ao tráfego, implantação das obras dos corredores e a gestão consorciada desse sistema.

Em 2001, a equipe elaborou o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), que demonstrou a viabilidade do BRT. Para isso, foram desenvolvidos estudos técnicos socioeconômicos, na área ambiental, de fluxo de pessoas e de sinalização viária que justificam a implantação do modelo.

A assinatura do empréstimo internacional entre os governos do Pará e Japão simboliza um marco para a área de mobilidade da capital paraense, que receberá empréstimo na ordem de R$ 320 milhões. Pela natureza do contrato, era necessário haver aprovação do Senado Federal, o que aconteceu em 10 de julho deste ano.

Este é um grande momento para o Estado, pois o Ação Metrópole vai muito além de um projeto de mobilidade. Ele trará qualidade de vida para as pessoas, especialmente aquelas que dependem do transporte público, pois reduzirá o tempo de deslocamento em 50%. Isso quer dizer que, saindo do ponto mais extremo da RMB, que é Marituba, as pessoas vão poder chegar até o centro da cidade em 40 minutos”, explica.

O Ação Metrópole promoverá a integração física de toda a RMB. Assim, os embarques e desembarques serão feitos dentro de estações de integração, permitindo o deslocamento com mais conforto e rapidez e apenas uma tarifa, que será definida de acordo com os padrões econômicos da população.

“O BRT não é uma obra, mas uma proposta de mobilidade urbana, na qual o foco principal é o deslocamento das pessoas em um modelo específico de ônibus, articulados por um sistema que contempla uma rede integrada de transporte público coletivo metropolitano, uma infraestrutura viária estruturada com vias alternativas ao tráfego e, ainda, a gestão consorciada desse sistema”, complementa Marilena Mácola.

O BRT é operado por ônibus articulados, com quatro portas no lado esquerdo, trafegando em canaletas pela rodovia BR-316. O projeto se enquadra no tipo ônibus troncal, com faixa exclusiva e ultrapassagem, prevendo veículos de 20 metros de comprimento, com capacidade para 200 passageiros, que elevam a capacidade dos corredores BR-316 e Augusto Montenegro para 24 mil passageiros nas horas de pico, e 48 mil na avenida Almirante Barroso. O Ação Metrópole prevê ainda a gestão operacional associada dos serviços de transporte público por ônibus, executados na RMB.

Em maio deste ano, representantes da Jica estiveram em missão em Belém, quando fizeram avaliação e visita técnica para decidir sobre o financiamento do projeto pelo governo japonês. Após as análises, em 18 de maio os japoneses foram recebidos por Simão Jatene, ocasião em que confirmaram a operação de crédito no valor de R$ 320 milhões e a cooperação técnica para a continuidade do projeto.

“Essa parceria entre Brasil e Japão já dura mais de 20 anos. Nossa finalidade é contribuir para o desenvolvimento financeiro e social da população do Pará, e acho que estamos caminhando para isso por meio do projeto. Por isso, fazemos questão de reiterar essa parceria”, disse, na ocasião, o representante sênior da Jica no Brasil, Masayuki Eguchi.

O Ação Metrópole está dividido em três etapas. A primeira foi concluída, com a construção do elevado Gunnar Vingren, nas avenidas Júlio Cezar e Centenário, e Daniel Berg, nas avenidas Júlio Cezar e Pedro Álvares Cabral, além do prolongamento da avenida Independência e a recuperação da rodovia Arthur Bernardes.


Em março deste ano, começou a segunda etapa do projeto, com a publicação, no Diário Oficial do Estado, do edital para contratar o projeto executivo de engenharia viária e estudos ambientais relativos ao prolongamento da avenida João Paulo II, no trecho compreendido entre a passagem Mariano e a rodovia Mário Covas. Nesta etapa, também está prevista a implantação do BRT.



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