sábado, 23 de junho de 2012

Pará deve investir US$ 44 milhões na melhoria do turismo no Pará

O Estado do Pará deverá receber ainda este ano US$ 44 milhões para investimentos em três principais regiões turísticas: Belém, Marajó e Tapajós. Guardiões de produtos turísticos que estão na preferência dos principais mercados nacionais e internacionais, como o Círio de Nazaré, em Belém, o Arquipélago do Marajó e a vila de Alter do Chão, em Santarém, as regiões turísticas são formadas por dezenas de municípios que estão entre os mais visitados do Estado.

Os recursos devem ser liberados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério do Turismo (MTUR) e contrapartida do Governo do Estado. Para dar visibilidade aos benefícios e à matriz de investimentos desses recursos em cada região foi realizado na manhã deste sábado (23), o IV Workshop Prodetur – Salvaguarda Ambiental e Social do Programa, como parte da programação do segundo dia da VI Feira Internacional de Turismo da Amazônia (Fita 2012), que acontece no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia em Belém, desde a última sexta-feira (21).
Adenauer Góes, secretário de Estado de Turismo do Pará, explicou que o workshop apresentou as matrizes dos principais investimentos do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) no Pará. Segundo ele, a Fita, realizada pela Setur e Companhia Paraense de Turismo (Paratur), é uma excelente oportunidade para um diálogo entre os municípios beneficiados, outros municípios do Pará que tenham interesse pelo Programa e o Governo do Estado, executor das ações.
“Estivemos este mês com a representação do BID em Brasília, no Ministério do Turismo, e trabalhamos intensamente para que o acordo entre o Pará e o BID seja firmado no início do próximo semestre.Os recursos vão garantir melhorias na infraestrutura, com a construção de centros de eventos, melhoria na acessibilidade ao Marajó, mapeamento cultural e outros avanços no turismo dessas regiões”, disse Adenauer Góes, ao explicar que a Setur, recém-criada pelo governador Simão Jatene, e a Paratur, seguem as diretrizes do Ver-o-Pará – Plano Estratégico de Turismo do Pará.
Para Adenauer, a viabilização efetiva do Prodetur é um processo que depende da execução de várias etapas e da aprovação do BID, um dos financiadores do programa. Ele destacou ainda que o Prodetur futuramente fará parte da Setur para dar suporte às ações públicas de turismo.
Promoção - A presidente da Paratur, Socorro Costa, lembrou que a promoção do destino turístico Pará é prioridade do órgão e que as regiões turísticas a serem beneficiadas pelo Prodetur terão reforço nessa promoção. Ela antecipou alguns resultados das ações que o Governo do Pará já está desenvolvendo por meio do Prodetur. “Além do workshop, o Mapeamento Cultural das Comunidades Indígenas e Quilombolas já está nos dando resultados, a exemplo do lançamento do livro “Aritapera: Terra-Água-Mulheres & Cuias”, organizado pelo Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e pela Universidade Federal do Tapajós (Ufopa), resultado do Mapeamento Cultural no Tapajós. “Esse mapeamento já está revelando produtos relacionados à vivência nas comunidades quilombolas, que podem ser atrativas aos nossos turistas”, disse Socorro Costa.
O professor Antonio Maria, que foi um dos palestrantes no workshop, contou que o livro será uma referência sobre o artesanato de cuias,  que é uma atividade cultural muito importante da região do Tapajós. “O livro é muito importante também porque será uma das alavancas para o turismo comunitário sustentável, que é a filosofia do Prodetur”, frisou.
Workshop – Participaram do Workshop Prodetur secretários municipais, entidades civis e representantes das regiões turísticas de Belém, Marajó e Tapajós. Para os secretários de turismo, o Prodetur é um programa muito importante para que o gestor municipal possa desenvolver a atividade turística. Gabriel Peixoto, diretor de Planejamento da Coordenadoria Municipal de Turismo (Belemtur), disse que “o pouco que o município arrecada vai para saúde e educação, então os recursos para se investir em turismo têm que ser captados fora, seja pelos bancos internacionais, seja pelos ministérios”. O Prodetur, segundo ele, é uma alternativa para essa captação.
O secretário municipal de Turismo de Soure, no Polo Marajó, João Lima, também acredita na importância dos investimentos proporcionados pelo programa. “Estes investimentos vão colocar o município numa situação de melhor atendimento ao turista do que hoje”, ressaltou Lima, que elogiou a Fita como um evento capaz de trazer empresários, agentes de viagens e operadores importantes para garantir o fechamento de negócios.
Para Éder Pantoja, secretário de Turismo de Santarém, os investimentos também ajudam a melhorar questões mais infraestruturais do município, como estradas, sinalização e acesso, que hoje são um dos entraves para o desenvolvimento do turismo na região. Éder articulou a participação de diversos municípios na Feira, enfatizando o potencial do Polo Tapajós.
Segundo Márcia Bastos, coordenadora do Prodetur no Pará, o programa foi criado pelo Governo Federal, e é desenvolvido pelo Ministério do Turismo, para intermediar a captação de recursos para o desenvolvimento do turismo como atividade de melhoria da qualidade de vida da população local. No Pará, o Prodetur já existe desde 2008, quando foram realizadas duas etapas técnicas preliminares para a execução. Atualmente, o programa está em fase de finalização das análises, para dar início à execução com a assinatura de contrato do Governo do Estado e o BID.
O lançamento do livro “Aritapera: Terra-Água-Mulheres & Cuias” acontece neste sábado (23), na programação cultural da feira 2012, no Hangar. Neste domingo (24), os convidados da Fita, jornalistas, buyer, supliers e outros, vão conhecer Belém, o Marajó e o Tapajós.

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