sexta-feira, 20 de abril de 2012

Trabalhadores de Belo Monte confirmam greve

Os trabalhadores do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na Volta Grande do Xingu, em Altamira, decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (23) por tempo indeterminado. Após duas rodadas de negociações, as partes não entraram em acordo. quinta-feira (19), CCBM foi notificado oficialmente da greve.

O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapv) teria realizado durante a tarde da quarta-feira e manhã de quinta assembleias nos canteiros Porto e Acessos, Canais e Diques, Pimental, Belo Monte e Infraestrutura

Em todas as assembleias a maioria dos trabalhadores decidiram não aceitar a contraproposta apresentada pelo CCBM e cruzar os braços por tempo indeterminado.

Dentro da pauta de reivindicações constam a redução da baixada (visita das famílias) de seis meses para três meses, a inclusão dos ajudantes de produção nessa baixada, que não possuem o benefício; aumento do valor do vale-alimentação de R$ 95 para R$ 300, melhoria nos transportes troca de ônibus, revisão de salários equiparação salarial e cumprimento de cláusulas do acordo coletivo.

Segundo os trabalhadores ouvidos via telefone, na última reunião, o CCBM teria sugerido manter os seis meses entre os recessos para os trabalhadores visitarem as famílias. O aumento proposto para o vale-alimentação foi de R$ 90 para R$ 110. A assessoria de imprensa do CCBM disse que “por enquanto, não haverá divulgação de nenhuma ação” com relação à greve e que no “momento se restringe a rotinas administrativas”.

O consórcio disse ainda, por meio de sua assessoria, que reconhece como único e legítimo representante dos trabalhadores o Sintrapav-PA. Por esse motivo, todas as negociações são feitas exclusivamente por meio do sindicato. O diretor da sub-sede do Sintrapav-PA, em Belém, Luís Carlos Costa, disse que um diretor do Sindicato estaria nos canteiros tentando “negociar com as categorias”. Segundo ele, a entidade quer evitar a paralisação programada porque quer “resolver a situação no que eles estão reivindicando, com diálogo”
Fonte: Dol

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