A cadeia produtiva mineral respondeu por  232 mil postos de trabalho diretos e indiretos no Pará em 2011. É um  dos setores que mais gera empregos no Estado e que apresenta as maiores  taxas de crescimento a cada ano. Para cada emprego direto criado na  indústria da mineração, outros três postos de trabalho são criados ao  longo da cadeia produtiva. O Sindicato das Indústrias Minerais do Estado  do Pará (Simineral) projeta a criação de 113 mil novos postos de  trabalho até 2016. “Além disso, contemplamos projetos de mineração de  transformação mineral e outros negócios relacionados ao setor, mais  especificamente o biodiesel”, informa José Fernando Gomes Junior,  presidente do sindicato.
Há sete anos o produto que o Brasil mais  exporta é o minério de ferro. Nos dois primeiros meses de 2012, o país  exportou US$ 4 bilhões; até 2015 devem ser investidos no setor US$ 68,5  bilhões. Para dar conta da demanda pelo minério, principalmente da  China, empresas brasileiras precisam contratar mais profissionais. A  Rhio’s, consultoria de RH especializada nesse campo, estima que o setor  deve abrir 150 mil postos até 2015 em todo o país. Só em 2012, a Vale, a  maior das empresas minerais do Brasil e uma das maiores do mundo,  planeja preencher 6.600 novas vagas.
José Fernando ressalta que a indústria  de mineração investe maciçamente em programas de qualificação de mão de  obra, visando suprir a sua necessidade de crescimento no Estado do Pará.  Existem inúmeros programas realizados em parceria com o governo e  entidades de classe para capacitar a mão de obra local e valorizar o  profissional paraense. “Hoje a média salarial da indústria extrativa  mineral é a maior do Estado do Pará e também a que apresenta as maiores  taxas de crescimento salarial”, diz o executivo. Segundo o Ministério do  Trabalho e Emprego, o salário médio da indústria de mineração foi de R$  4. 717,90 em 2010, entre todos os setores produtivos.
Balanço efetuado pelo Dieese/PA sobre a  geração de empregos formais no setor extrativo mineral nos estados da  região Norte mostra que o Pará continua líder na geração de empregos com  carteira assinada. O estudo é feito com base em informações do  Ministério do Trabalho, com dados do Cadastro Geral de Empregados e  Desempregados (Caged).
Nos últimos 12 meses de março de 2011 a  fevereiro desse ano, o estudo mostra saldo positivo de empregos  formais no comparativo entre admitidos e desligados, com crescimento de  17,45%. Nesse período, foram feitas no setor em todo o Pará 4.597  admissões contra 2.037 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.560  postos de trabalho.
“Nos últimos 12 meses foram feitas em  todo o Norte no setor Extrativo Mineral, 7.927 admissões contra 4.228  desligamentos, gerando um saldo positivo de 3.699 postos de trabalhos  com crescimento de 18,63%”, destaca Roberto Sena, supervisor técnico do  Dieese. Segundo ele, desses 3.699 postos do Norte, cerca de 69% (2.560  postos) foram gerados no Pará.
E a tendência é realmente de  crescimento: em fevereiro o saldo continuou positivo com crescimento de  2,12% (saldo de 357 postos). Ainda de acordo com as análises do Dieese,  em fevereiro o saldo positivo na região Norte foi de 328 postos, com  crescimento de 1,41%.
Fonte: Dol
 

 
 
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