Depois de quatro meses de chuvas prolongadas em Santarém, várias praias das margens do rio Tapajós sofrem os efeitos da enchente deste ano. Balneários, como Alter do Chão, Maracanã e Ponta de Pedras ficaram submersos por conta da cheia dos rios da região Oeste do Pará. O município de Santarém tem cerca de 2.000 quilômetros de praias exóticas, algumas de fácil acesso e outras completamente desertas e isoladas, banhadas pelas águas claras do Tapajós, mas que na época da enchente chegam a desaparecer, como Alter do Chão.
Distante 27 quilômetros do centro de Santarém, a vila balneária de Alter-do-Chão oferece um cenário magnífico de praias, de águas límpidas e transparentes, além de outros atrativos turísticos como a festa do Sairé no mês de setembro. A vila é banhada pelo rio Tapajós que é formado por águas claras e areia fina nas margens, compondo paisagens belíssimas.
Quando as águas do rio baixam surge uma faixa de terra, formando uma barra, a qual os santarenos chamam de ilha. No local, montam-se vários bares para servir os turistas, que atravessam o rio por meio de pequenas canoas, conhecidas por catraias. O nascer e o pôr-do-sol são magníficos espetáculos da natureza em Alter-do-Chão.
Porém, neste período do ano, proprietários de barracas e catraieiros reclamam do fraco movimento de turistas devido a cheia do rio Tapajós, que provoca o desaparecimento provisório da Ilha do Amor.
Já no balneário do Maracanã, conhecido como a praia urbana de Santarém, donos de barracas e vendedores ambulantes destacam o período chuvoso, como o causador do fraco movimento de banhistas e turistas no local.
Uma medição realizada pela Capitania do Portos em Santarém, constatou que o rio Tapajós subiu 10 centímetros acima do nível medido no mesmo período de 2009 quando foi registrado a maior enchente no Município.
Com a marca de 6,84 centímetros, a Marinha está em alerta e todos os dias realiza a medição do rio na régua da Agência Nacional de Águas, localizada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP). O comandante da Capitania dos Portos, Capitão José Andrade, disse que a expectativa para este ano é de que a cheia seja igual ou superior da de 2009 quando o Tapajós alcançou 6,70 centímetros.
Fonte: O impacto
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