Trotes dificultam ações das polícias

Atendentes do Ciop

O Centro Integrado de Operações foi criado como unidade de gestão compartilhada que reúne, no mesmo espaço os centros de operações das polícias civil e militar, corpo de bombeiros.

Em média são atendidos cerca de 140 ocorrências diárias que são encaminhadas para os atendimentos das polícias civil e militar, mas os trotes tem dificultado o trabalho.

“Essas ligações elas são tanto de ocorrências reais, quanto brincadeiras, quanto trotes, e todo esse aparato logístico que é feito pelo estado para atender a população tem um custo. Um custo para a população devido ao trote, quando é configurado um trote, há um custo para a população implícito e também há um desgaste emocional dos nossos profissionais”, afirma o comandante do Ciop, capitão Valério.


Devido a essas consequencias observadas nos atendentes, uma parceria entre o Ciop e uma universidade tem trabalhado o lado psicológico dos dos profissionais, afim de melhorar o rendimento das atividades dentro do ambiente de trabalho.

A psicóloga, Cleonice Bezerra explica: “através de questionários, entrevistas, elas conseguiram perceber e avaliar a necessidade de um trabalho psicoterapêutico aqui com os profissionais (...) são ligações com palavras que acabam ofendendo, palavras indesejadas e isso consequentemente vai afetar o emocional desses profissionais.”

O acompanhamento dos estudantes consiste em entrevistas com os atendentes e orientações com objetivo de melhorar o próprio espaço de trabalho.

De acordo com a acadêmica Mara Ruiz, resultados positivos começam a surgir. “realizamos algumas observações sobre relações interpessoais existentes dentro da instituição. E um dos pontos negativos que nós podemos observar que teve um alto índice foi a questão do trote, porque ele vem trazendo um desgaste emocional para o efetivo e também prejudica a questão da atenção a população, pois impede de uma pessoa que realmente ta precisando de um atendimento receber esse devido atendimento.”


Fonte: Notapajós