quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Paulo Henrique Amorim desmente argumentos do NÃO


JORNALISTA ECONÔMICO DEFENDE O “SIM” EM PROPAGANDA POLÍTICA DA TV.

As despesas com a implantação da máquina administrativa e as vantagens e a desvantagens para as regiões do Estado com relação ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) a partir da proposta de criação dos Estados do Carajás e do Tapajós, desmembrados do Pará, voltaram a ser tema de destaque no horário de propaganda política das frentes contra e a favor da divisão do Pará, ontem à noite, na televisão. O plebiscito será em 11 de dezembro.

A Frente a Favor da Criação do Estado do Tapajós exibiu uma entrevista com o jornalista econômico Paulo Henrique Amorim, que defendeu a divisão do Pará. Ele argumentou que o Estado do Tocantins era pobre, até mais que o Tapajós, e passados 22 anos é o quinto Estado mais desenvolvido do País, enquanto Goiás é o nono. A mesma situação de desenvolvimento é constatada nos Estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, disse Amorim.

O jornalista acredita estar certa a previsão de que com a divisão do Estado, os R$ 2,9 bilhões do FPE repassados hoje ao Pará passariam a ser de R$ 5,9 bilhões, ou seja, R$ 3 bilhões a mais por ano. O jornalista ressaltou que, com a divisão, em um primeiro momento, o Pará contaria com uma estrutura de portos, aeroporto, indústria e áreas para produção de biodiesel; Tapajós ganharia uma estrutura de gestão e de investimentos futuros e Carajás seria beneficiado com o aproveitamento de seus rebanhos e estrutura de frigoríficos.

A Frente Contra a Criação do Estado de Tapajós questionou os valores apresentados pela frente que defende a divisão sobre o repasse do FPE para os três Estados, argumentando que o repasse atual é de R$ 6,2 bilhões - e não R$ 2,9 bilhões. A frente também defendeu que com a divisão do Estado as despesas aumentariam em 36%, o equivalente a R$ 5 bilhões, de acordo com o economista Hélio Mairata. Para fazer frente a essas despesas, os novos Estados teriam que cortar verbas da saúde, educação e segurança. Segundo a frente, seriam necessários R$ 740 milhões para construir dois palácios de governo, assembleias legislativas, tribunais de Justiça, tribunais de contas e outros órgãos administrativos.

Encontro - O encontro com prefeitos, vices e vereadores dos 78 municípios que formarão o Pará, caso o Estado seja dividido em três, foi adiado para amanhã. O evento começa às 17h e deverá ser encerrado por volta das 20h. Ele estava previsto para hoje, mas a data ficou inviável por causa da agenda do restaurante Pome D’Or da rua José Bonifácio, onde será realizado.

Fonte: ORM

Três são presos suspeitos de assaltos


Com eles o polícia encontrou uma moto que havia sido roubada na semana passada


Os acusados, Derley, Samuel e Alex
Foram presos neste feriado, 15 de novembro, três homens suspeitos de praticar assaltos em Santarém. Com eles o polícia encontrou uma moto que havia sido roubada na semana passada.

A prisão em flagrante de Derley Batista Pereira de 21 anos, Samuel Magalhães de Souza também de 21 anos e Alex da Silva Neves de 26 anos aconteceu na Avenida Transmaicá, localizada no bairro Área Verde. A equipe do serviço de inteligência da policia militar localizou os três suspeitos no inicio da tarde de terça-feira (15).

O veículo encontrado com os homens teve a pintura adulterada pelos suspeitos possivelmente para dificultar a identificação em outros crimes praticados na cidade.

O sargento Carlisson da polícia Militar, explica que a equipe recebeu uma denúncia informando sobre os acusados. “Recebemos uma denúncia de que eles estariam na Área Verde e foi deslocada uma equipe, juntamente com uma viatura, e foi capturado esses três acusados de envolvimento em assaltos na cidade.”

O sargento informou que a partir de agora ficarão a disposição da justiça.

Fonte: Notapajós

IV Salão do Livro começa hoje em Santarém


Abertura acontece às 09 horas de hoje, no Parque da Cidade


Local de realização do evento
Inicia hoje (16) em Santarém (PA), o IV Salão do Livro do Baixo Amazonas, às 9 horas da manhã. A coordenação do maior evento literário do Oeste paraense informou à imprensa local, na manhã de ontem, terça-feira (15), o que foi programado ao público. Participaram da exposição dos informes aos jornalistas, a diretora da Secretaria de Estado de Cultura Pará (Secult), a coordenadora da XV Feira Pan-Amazônica do Livro, Andressa Malcher; representante da Secretaria de Educação do Estado (Seduc), Hellen Santos e a secretária Municipal de Cultura (Semc), Jarle Aguiar.

A quarta edição traz como homenageada, a poetiza Dulcinéa Paraense. A obra foi elaborada pela escritora e professora Lília Chaves. Ela vai estar presente no evento, uma proximidade maior com os leitores. A diretora da Secult explica que a escolha da homenageada “é o cumprimento de revelar e difundir os valores da literatura. Uma poetiza de uma qualidade fantástica, que até então ninguém conhecia, porque muitos escritos eram feitos a mão, nos múltiplos cadernos que ela acumulou ao longo dos seus 93 anos de vida. E Só agora receberam a atenção que merece”. Esse vai ser o segundo lançamento da obra literária, a primeira ocorreu em setembro, na XV Feira Pan-Amazônica.

A reportagem perguntou à representante da Seduc, Hellen Santos, quanto a mobilização da Secretaria aos professores do Estado, sendo que estão de greve há mais de um mês. O evento literário conta também com o apoio aos educadores para fomentar nas salas de aulas a participação nas dinâmicas oferecidas nos quatros dias de atividade. “O convite foi lançado, há uma mobilização através da divulgação da página eletrônica da Secretaria. Os professores sempre estão antenados. Eles vão ter o bônus disponível de R$ 200, através do Cred Livre, e todos estão aptos para utilizar o bônus.

A secretária de Cultura do município, Jarle Aguiar, informou sobre o crédito que foi disponibilizado também aos professores da rede municipal de ensino, no valor de R$ 150. Outro pedido atendido pela Secult para esse ano, “está na disponibilidade da diversidade de livros que atendam os cursos das universidades. O evento literário desde a primeira edição é um sucesso de público”. A segurança foi disponibilizada para que essas atividades no Parque da Cidade ocorram dentro da normalidade. “E para continuar a ter tranqüilidade no evento, principalmente no fluxo nas ruas próximo o Parque, homens da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) devem fazer o controle para assegurar a movimentação nesses quatro dias”, disse Jarle Aguiar.

A programação de hoje segue, com a Solenidade de abertura no Espaço Pérola do Tapajós, às 9H. Pronunciamento das Autoridades, apresentação da Filarmônica Municipal Professor José Agostinho e visitação das Autoridades aos Estandes.

Fonte: RG 15/O Impacto e Alciane Ayres

Chuva abre cratera em Rodovia e isola comunidades

Moradores de mais de dez comunidades da Rodovia Santarém Jabuti estão isolados há três dias, devido ao surgimento de uma cratera em meio à via, após as chuvas dos últimos dias.

O aterro do igarapé Morada Nova foi arrastado pela enxurrada, abrindo uma cratera de mais 30 metros entre uma margem e outra do igarapé. Dezenas de produtores rurais estão impedidos de escoar a produção agrícola e estudantes estão sem poder frequentar as aulas na cidade.

Durante todo o feriado (15), os moradores de várias comunidades trabalharam para construir uma ponte improvisada para permitir a passagem de pedestres. Quem chegava de carro para visitar parentes no feriado se deparava com a situação de isolamento.



Moradores improvisam uma ponte
O produtor Piercilio Filho, diz que o aterro foi feito de maneira inadequada e que os bueiros foram colocados fora do nível do igarapé.

“Como botaram um bueiro fora do leito do rio, empoçou água aqui dentro, ficou água presa aqui e automaticamente levou porque eles não fizeram trabalho bem feito, colocaram apenas um desvio provisório dizendo que ia vim, só que até hoje não entrou máquina nem pra arrumar estrada nem pra arrumar de vez a ponte.” Disse o produtor.

Desde o momento em que a ponte caiu que os moradores tentam resolver o problema, pois necessitam da ponte para se dirigir aos lugares.

Uma reunião do conselho de presidentes de comunidades da PA Santarém Jabuti deve ser realizada ainda nesta quarta-feira (16). O objetivo é definir uma programação para interditar a Rodovia Santarém - Cuiabá, na comunidade de Tabocal.

A ponte improvisada ficou pronta ontem (15) à tarde. Agora já é possível passar a pé ou carregando a bicicleta, mas os produtos agrícolas do ramal do Tracoá, que sai em frente a Belterra, não tem condições de suportar o tráfego de ônibus e caminhões. 


Fonte: Notapajós

1º Encontro de Internautas do Tapajós nesta sexta na FIT

O movimento internauta de Santarém, promove nesta sexta feira, 18 de Novembro as 19h30, no auditório das Faculdades Integradas do Tapajós (FIT), o '1º Encontro de Internautas do Tapajós'.

O evento tem como objetivo fazer palestras de capacitação, postura e comportamento do internauta nas mídias sociais, e tendo como publico alvo o mais simples usuário da web, blogueiros, moderadores de redes sociais e de sites de empresas.

PALESTRANTES:


Paulo Lima - Coordenador de cultura digital do projeto Saúde &Alegria e professor do curso de jornalismo do IESPES, falará sobre o uso estratégico das redes sociais.



Ary Rabelo - Idealizador do site www.soprojetos.com.br, um dos sites mais acessado do Brasil no segmento  de projetos arquitetônicos, que tem mais de 2 milhões de acesso/mês, e sócio do site de compras coletivas www.eguadaoferta.com.br. O empresario é um dos maiores especialistas em SEO da região.


Jeso Carneiro - Jornalista e professor, é dono do blog que leva seu nome e que está entre os mais acessados do estado do Pará. O blogueiro, em sua palestra, vai dar dicas de como ter um blog de sucesso e formador de opinião.

Paulo Sena - Publicitário com pós graduação feita na Europa, é dono da agência de publicidade Gota D'Água e apresentador do Programa 'Você é um Sucesso', que ficou bastante conhecido por ações publicitarias dentro das mídias sociais, e vai contar os segredos do Marketing 3.0.

A entrada para o evento será 1kg de alimento não perecível.

Fonte: Blog Cidade de Santarém

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

[VIDEOS PRÓ TAPAJÓS E CARAJÁS] - Divulguem

PROGRAMA 01 - [Exibido em 11/11/11]


PROGRAMA 02 - [Exibido em 14/11/11]


VIDEO 01 - Olhos vendados aos problemas do Pará


VIDEO 02 - O seu coração é SIM


VIDEO 03 - Numeros do investimento do FPE


VIDEO 04 - Quem ama cuida, protege, ajuda


VIDEO 05 - Mais saúde para o novo Pará



VIDEO 06 - Folha de São Paulo: Pará, penultimo em desenvolvimento

Cidade mais violenta do Brasil fica no Pará

“Nesta cidade, mata-se por brincadeira. Não gosta da cara do outro, sai tiro. A violência é demais e estamos com medo. Após 25 anos morando aqui, decidimos ir embora. A vida não vale nada em Itupiranga”. A frase é do pescador Francisco Gomes da Silva, de 66 anos, que teve o filho João Cipriano Gomes, de 34 anos, assassinado na última semana de outubro na cidade considerada pelo Ministério da Justiça como a mais violenta do país.

Localizada a 55 km de Marabá (PA) e com população de cerca de 51 mil habitantes, Itupiranga apareceu no ranking do Mapa da Violência 2011 do governo federal com taxa de 160,6 homicídios por 100 mil habitantes, conforme dados de 2008. Tanto Itupiranga como Marabá encabeçam a lista das cidades mais inseguras no Brasil com mais de 10 mil habitantes. Isso contribui para o que o novo estado de Carajás, que pode ser criado caso a população decida separar o Pará no plebiscito de 11 de dezembro, já nasça com a preocupação de combate contra a criminalidade.

As mortes normalmente são motivadas por rixas, vinganças ou desentendimentos fúteis. Para as polícias Civil e Militar, o grande número de vilarejos distantes, com população variando entre mil e 7 mil habitantes, além do reduzido efetivo, dificultam o combate aos assassinatos, provocados na maioria por facas, espingardas ou armas caseiras. A PM tem apenas 33 homens em toda a cidade, sendo que dois grupos de 4 ficam lotados especificamente em duas comunidades. Já na delegacia, é só um delegado, dois investigadores e um escrivão que se revezam no atendimento.

“Temos povoados, como Cruzeiro do Sul, que ficam a 200 quilômetros da área. Na época da chuva, leva-se quase um dia para chegar lá de carro”, diz o capitão Kojak Antônio da Silva Santos, que assumiu o policiamento da cidade em julho, após a divulgação do Mapa da Violência e reforçou o policiamento ostensivo, aumentando o número de armas e drogas apreendidas e suspeitos detidos.

Nos últimos 4 meses, houve 6 mortes na cidade. O filho de Francisco foi o último caso registrado. Ele foi assassinado a tiros após uma festa na Estrada do Tauri no último dia 30 de outubro. O suspeito ainda não foi preso, mas a polícia apura o crime.

Vivendo com medo

“Dias depois de meu filho morrer mataram outro homem, de família rica, e acham que temos ligação com isso. O medo para nós é tanto que nem fui atrás ver quem tinha matado meu filho. A gente não deve, mas eu estou com medo, decidi pegar meus filhos e ir embora. Violência gera violência e quem quer viver, tem que procurar tranquilidade”, diz o pescador, que fez um empréstimo no banco para deixar a cidade.

“Não conseguimos mais dormir, ficamos doentes. Isso não é vida. A qualquer hora pode chegar alguém aqui, em uma moto, dar um tiro e depois some. São sempre assim os casos”, afirma Francisca.

"Aqui neste lugar, falta tudo. Além da violência, não tem emprego, não tem saúde. Se a pessoa não tem o que fazer, vai para a criminalidade. A gente vai votar no 'sim' à separação. Acha que, se criar o Carajás, as coisas vão melhorar. O dinheiro vai ficar aqui nas nossas terras", diz o pescador José Francisco da Silva, de 41 anos.

Segundo o delegado Vinicius Cardoso das Neves, que responde pela cidade, a maioria dos assassinatos não está mais ligada a brigas latifundiárias, como nas décadas de 80 e 90. Hoje, o tráfico de drogas é o fator que gera preocupação e assassinatos na cidade, principalmente no bairro Caveirinha, próximo ao cemitério local. Outra motivação são dívidas ou motivos fúteis, como traição.

“Prendemos recentemente um homem que matou uma mulher a facadas após ter relações com ela, e também um adolescente de 17 anos que matou a tijoladas outro colega por causa de drogas”, afirma.

Carceragem lotada

Na sede da Polícia Civil, apenas dois investigadores trabalham, em um regime de 24 horas. Eles "moram" na delegacia por 7 dias ininterruptos. Em seguida, tiram 7 dias de folga e podem voltar para casa e outros dois agentes assumem o posto.

A população aparece a todo instante no distrito para fazer denúncias de traição, ladrões, venda de drogas e pedir conselhos sobre ameaças procedentes de dívidas ou outros motivos. A carceragem, um quartinho de cerca de 2 metros de largura por 2 de comprimento, abriga 8 presos. Alguns já encarcerados no cubículo há quase cinco meses. Dentre os que aguardam transferência, estão presos por estupro, tentativa de homicídio, tráfico e roubo. À reportagem do G1, todos alegaram inocência.

Um dos detidos é suspeito de tentar estuprar a enteada de 12 anos em Cruzeiro do Sul e foi denunciado pela própria mulher, segundo o delegado. “Muitas pessoas migram para cá para buscar emprego, dinheiro, e não têm vínculo com a terra. Quando se envolvem em algo, eles somem. O povo os conhece apenas por apelidos, é o Zé Branco, o João do Pulo. Fica difícil a identificação e, quando o juiz expede o mandado de prisão, não conseguimos localizar. Já foram embora”, afirma o delegado.

Segundo Neves, o Instituto Médico Legal (IML) de Marabá possui um convênio com funerárias por toda a região devido à dificuldade de poucos carros de cadáver conseguirem remover os corpos em áreas distantes. “A própria funerária já pega o corpo e leva para o IML”, diz o delegado.

Povo liga direto para o ‘xerife’

Quando se fala em segurança, o primeiro nome que se ouve nas ruas é “Pinheiro”. É o cabo da PM Josafá Pinheiro, espécie de “xerife” de Itupiranga, devido à fama de repressão contra a criminalidade nas áreas periféricas da cidade. Dizem que ele já matou traficantes e fez prisões importantes de criminosos que incomodavam a população. O PM afirma que há muita lenda sobre seu nome, mas confirma a fama de durão.

“Tem muita lenda sobre meu nome porque eu pego pesado com a bandidagem, prendo ladrões e traficantes. Estou em Itupiranga há quatro anos e as coisas melhoraram desde então, por isso a população gosta de mim. Tivemos alguns confrontos em que criminosos foram mortos, mas tudo foi investigado e esclarecido. Onde eu trabalho não vai ter roubo nem de bomba de água”, afirma ele, referindo-se a um dos crimes mais frequentes nas cidades pequenas da periferia do Pará, onde jovens furtam bombas de poço de água para trocar por crack.

Marabá

Em um possível cenário de divisão do Pará, caso a população aprove a criação de dois novos estados no plebiscito que será realizado em 11 de dezembro, o futuro estado de Carajás será composto por 39 municípios, sendo Marabá a capital. Marabá é a segunda cidade com mais de 100 mil habitantes onde mais se mata no país. São cerca de 125 homicídios para cada 100 mil habitantes, segundo o Mapa da Violência do Ministério da Justiça deste ano.

Segundo o superintendente regional da Polícia Civil para o sudeste do Pará, delegado Alberto Henrique Teixeira de Barros, “é lenda” que as mortes na região envolvem conflitos agrários: “de 90% a 95% dos assassinatos são pelo tráfico”, afirma. “Neste ano, só tivemos a morte do casal de extrativistas de Nova Ipixuna e mais uns três casos isolados que podem ser relacionados a questões fundiárias e agrárias. As mortes agora são provocadas pelas brigas entre traficantes, que invadiram a cidade”, diz o delegado.

Outro problema de Marabá e da região de Carajás é que não se vê policiamento nas ruas. O tenente-coronel José Sebastião Valente Monteiro Junior, que comanda o batalhão responsável por nove cidades da área, diz que o efetivo é reduzido. Segundo ele, há 586 PMs à disposição, mas sua unidade deveria ter 1.022. Pelos cálculos do oficial, há em média um policial para cada 1.500 habitantes na cidade. Em alguns bairros, como o Cidade Nova, o número chega a um PM por 1.875 moradores, afirmou. O recomendado pela ONU é de cerca de um policial para 250 habitantes.

Fonte: G1 

Estrada de Ponta de Pedras se transforma em atoleiro

Neste final de semana aconteceu na comunidade balneária de Ponta de Pedras, o IX Festival do Charutinho. O movimento de carros para o local era intenso, porém muitos decidiram ficar pelo caminho devido às más condições da estrada.

A diversão se transformou em um problema para muitas pessoas que tentavam chegar à comunidade neste domingo. Este foi o caso do comerciante Gecivan Barros que reuniu toda a família, pegou um táxi para se divertir na praia e, de repente, se viu no meio da estrada empurrando o carro.

Pelo local passavam apenas os carros com tração. A lama e o atoleiro foram resultado da intensa chuva que caiu na cidade neste domingo (13).

A Secretaria Municipal de Infraestrutura do município informou que serviços de melhorias estão sendo realizados na estrada que dá acesso à Ponta de Pedras, porém eles ainda não foram concluídos e só serão retomados após cessar o período de chuva.

Fonte: Notapajós



Menor provoca capotamento na Mendonça Furtado

Na noite de sábado (12),foi registrado mais um acidente em Santarém. Um menor de idade dirigia em um trecho da Avenida Mendonça Furtado, próximo a Cuiabá quando perdeu o controle do carro e capotou.

Segundo pessoas que presenciaram o capotamento, o acidente foi provocado pela imprudência do jovem. O carro seguia em alta velocidade, bateu na traseira de outro veículo que estava estacionado e depois se chocou contra uma árvore, arrancando a raiz dela do solo.

Bombeiros desobstruiram a via


Após o capotamento, o condutor tentou fugir do local, neste momento foi uma correria de populares e polícia atrás do jovem.

A própria população capturou o menor que foi entregue a polícia.

O motorista teve apenas lesões leves, foi colocado na ambulância do SAMU e levado para o Pronto Socorro Municipal.

Parachoque ficou destrído


“Por pouco não tivemos vítima fatal, inclusive ele mesmo né? E outros que passavam por aí também. Graças a Deus não pegou ninguém.” Destaca o sargento Ronildo do Ptran,

O corpo de bombeiros foi chamado ao local, como não havia perigo nenhum na parte elétrica do veículo, eles realizaram um trabalho da desobstrução da via.

Fonte: Notapajós

domingo, 13 de novembro de 2011

Entrevista com 'Nem da rocinha' dias antes de ser preso

Era sexta-feira 4 de novembro. Cheguei à Rua 2 às 18 horas. Ali fica, num beco, a casa comprada recentemente por Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, por R$ 115 mil. Apenas dez minutos de carro separam minha casa no asfalto do coração da Rocinha. Por meio de contatos na favela com uma igreja que recupera drogados, traficantes e prostitutas, ficara acertado um encontro com Nem. Aos 35 anos, ele era o chefe do tráfico na favela havia seis anos. Era o dono do morro.
Queria entender o homem por trás do mito do “inimigo número um” da cidade. Nem é tratado de “presidente” por quem convive com ele. Temido e cortejado. Às terças-feiras, recebia a comunidade e analisava pedidos e disputas. Sexta era dia de pagamentos. Me disseram que ele dormia de dia e trabalhava à noite – e que é muito ligado à mãe, com quem sai de braços dados, para conversar e beber cerveja. Comprou várias casas nos últimos tempos e havia boatos fortes de que se entregaria em breve.
Logo que cheguei, soube que tinha passado por ele junto à mesa de pingue-pongue na rua. Todos sabiam que eu era uma pessoa “de fora”, do outro lado do muro invisível, no asfalto. Valas e uma montanha de lixo na esquina mostram o abandono de uma rua que já teve um posto policial, hoje fechado. Uma latinha vazia passa zunindo perto de meu rosto – tinha sido jogada por uma moça de short que passou de moto.
Aguardei por três horas, fui levada a diferentes lugares. Meus intermediários estavam nervosos porque “cabeças rolariam se tivesse um botãozinho na roupa para gravar ou uma câmera escondida”. Cheguei a perguntar: “Não está havendo uma inversão? Não deveria ser eu a estar nervosa e com medo?”. Às 21 horas, na garupa de um mototáxi, sem capacete, subi por vielas esburacadas e escuras, tirando fino dos ônibus e ouvindo o ruído da Rocinha, misto de funk, alto-falantes e televisores nos botequins. Cruzei com a loura Danúbia, atual mulher de Nem, pilo-tando uma moto laranja, com os cabelos longos na cintura. Fui até o alto, na Vila Verde, e tive a primeira surpresa.


LOGÍSTICA  A Rocinha é uma das maiores favelas do Rio. Entre os bairros ricos da Zona Sul e a Barra da Tijuca, é um ponto estratégico para o crime (Foto: Genilson Araújo/Parceiro/Ag. O Globo)
Não encontrei Nem numa sala malocada, cercado de homens armados. O cenário não podia ser mais inocente. Era público, bem iluminado e aberto: o novo campo de futebol da Rocinha, com grama sintética. Crianças e adultos jogavam. O céu estava estrelado e a vista mostrava as luzes dos barracos que abrigam 70 mil moradores. Nem se preparava para entrar em campo. Enfaixava com muitos esparadrapos o tornozelo direito. Mal me olhava nesse ritual. Conversava com um pastor sobre um rapaz viciado de 22 anos: “Pegou ele, pastor? Não pode desistir. A igreja não pode desistir nunca de recuperar alguém. Caraca, ele estava limpo, sem droga, tinha encontrado um emprego... me fala depois”, disse Nem. Colocou o meião, a tornozeleira por cima e levantou, me olhando de frente.

Foi a segunda surpresa. Alto, moreno e musculoso, muito diferente da imagem divulgada na mídia, de um rapaz franzino com topete descolorido e riso antipático, como o do Coringa. Nem é pai de sete filhos. “Dois me adotaram; me chamam de pai e me pedem bênção.” O último é um bebê com Danúbia, que montou um salão de beleza, segundo ele “com empréstimo no banco, e está pagando as prestações”. Nem é flamenguista doente. Mas vestia azul e branco, cores de seu time na favela. Camisa da Nike sem manga, boné, chuteiras.
– Em que posição você joga, Nem? – perguntei.
– De teimoso – disse, rindo –, meu tornozelo é bichado e ninguém me respeita mais em campo.
Foi uma conversa de 30 minutos, em pé. Educado, tranquilo, me chamou de senhora, não falou palavrão e não comentou acusações que pesam contra ele. Disse que não daria entrevista. “Para quê? Ninguém vai acreditar em mim, mas não sou o bandido mais perigoso do Rio.” Não quis gravador nem fotos. Meu silêncio foi mantido até sua prisão. A seguir, a reconstituição de um extrato de nossa conversa.
Acho que em menos de 20 anos a maconha vai ser liberada no Brasil. Já pensou quanto as empresas iam lucrar? "
Nem, líder do tráfico 
UPP “O Rio precisava de um projeto assim. A sociedade tem razão em não suportar bandidos descendo armados do morro para assaltar no asfalto e depois voltar. Aqui na Rocinha não tem roubo de carro, ninguém rouba nada, às vezes uma moto ou outra. Não gosto de ver bandido com um monte de arma pendurada, fantasiado. A UPP é um projeto excelente, mas tem problemas. Imagina os policiais mal remunerados, mesmo os novos, controlando todos os becos de uma favela. Quantos não vão aceitar R$ 100 para ignorar a boca de fumo?”
Beltrame “Um dos caras mais inteligentes que já vi. Se tivesse mais caras assim, tudo seria melhor. Ele fala o que tem de ser dito. UPP não adianta se for só ocupação policial. Tem de botar ginásios de esporte, escolas, dar oportunidade. Como pode Cuba ter mais medalhas que a gente em Olimpíada? Se um filho de pobre fizesse prova do Enem com a mesma chance de um filho de rico, ele não ia para o tráfico. Ia para a faculdade.”
Religião “Não vou para o inferno. Leio a Bíblia sempre, pergunto a meus filhos todo dia se foram à escola, tento impedir garotos de entrar no crime, dou dinheiro para comida, aluguel, escola, para sumir daqui. Faço cultos na minha casa, chamo pastores. Mas não tenho ligação com nenhuma igreja. Minha ligação é com Deus. Aprendi a rezar criancinha, com meu pai. Mas só de uns sete anos para cá comecei a entender melhor os crentes. Acho que Deus tem algum plano para mim. Ele vai abrir alguma porta.”
Prisão “É muito ruim a vida do crime. Eu e um monte queremos largar. Bom é poder ir à praia, ao cinema, passear com a família sem medo de ser perseguido ou morto. Queria dormir em paz. Levar meu filho ao zoológico. Tenho medo de faltar a meus filhos. Porque o pai tem mais autoridade que a mãe. Diz que não, e é não. Na Colômbia, eles tiraram do crime milhares de guerrilheiros das Farc porque deram anistia e oportunidade para se integrarem à sociedade. Não peço anistia. Quero pagar minha dívida com a sociedade.”
Drogas “Não uso droga, só bebo com os amigos. Acho que em menos de 20 anos a maconha vai ser liberada no Brasil. Nos Estados Unidos, está quase. Já pensou quanto as empresas iam lucrar? Iam engolir o tráfico. Não negocio crack e proíbo trazer crack para a Rocinha. Porque isso destrói as pessoas, as famílias e a comunidade inteira. Conheço gente que usa cocaína há 30 anos e que funciona. Mas com o crack as pessoas assaltam e roubam tudo na frente.”
Recuperação “Mando para a casa de recuperação na Cidade de Deus garotas prostitutas, meninos viciados. Para não cair na vida nem ficar doente com aids, essa meninada precisa ter família e futuro. A UPP, para dar certo, precisa fazer a inclusão social dessas pessoas. É o que diz o Beltrame. E eu digo a todos os meus que estão no tráfico: a hora é agora. Quem quiser se recuperar vai para a igreja e se entrega para pagar o que deve e se salvar.”
Ídolo “Meu ídolo é o Lula. Adoro o Lula. Ele foi quem combateu o crime com mais sucesso. Por causa do PAC da Rocinha. Cinquenta dos meus homens saíram do tráfico para trabalhar nas obras. Sabe quantos voltaram para o crime? Nenhum. Porque viram que tinham trabalho e futuro na construção civil.”
Policiais “Pago muito por mês a policiais. Mas tenho mais policiais amigos do que policiais a quem eu pago. Eles sabem que eu digo: nada de atirar em policial que entra na favela. São todos pais de família, vêm para cá mandados, vão levar um tiro sem mais nem menos?”
Tráfico “Sei que dizem que entrei no tráfico por causa da minha filha. Ela tinha 10 meses e uma doença raríssima, precisava colocar cateter, um troço caro, e o Lulu (ex-chefe) me emprestou o dinheiro. Mas prefiro dizer que entrei no tráfico porque entrei. E não compensa.”
Nem estava ansioso para jogar futebol. Acabara de sair da academia onde faz musculação. Não me mandou embora, mas percebi que meu tempo tinha acabado. Desci a pé. Demorei a dormir.

Fonte: RUTH DE AQUINO / Revista Epoca