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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Crime de Encomenda – Empresário é assassinado em Itaituba


João Schupert Primo foi morto a tiros, após denunciar madeireiros



O empresário João Schupert Primo, conhecido por “João da Gaita”, foi morto a tiros por volta das 13h do último sábado, dia 22, no município de Itaituba. Segundo informações da Polícia, a suspeita é de crime por encomenda. “João da Gaita” era torneiro mecânico, mas também tinha negócios nas cidades de Rurópolis e Trairão. A morte ocorreu horas depois de ele denunciar exploração madeireira ilegal na Resex Riozinho do Anfrísio e na Floresta Nacional do Trairão.

O Ministério Público Federal pediu à Polícia Federal que garanta proteção para testemunhas que denunciaram, na semana passada, uma rota de retirada ilegal de madeira da reserva. Mais duas pessoas acompanharam João na hora da denúncia.

Recentemente, João teria registrado na Delegacia de Polícia um boletim de ocorrência em que denunciava estar sofrendo ameaças de morte. Segundo o delegado José Dias Bezerra, as circunstâncias do assassinato apresentam características de execução.

João Schupert estava em frente à Tornearia Dois Irmãos, de sua propriedade, quando chegaram dois homens perguntando se ele teria uma peça de caminhão.

A vítima entrou no depósito de peças e foi seguido pelo assassino, que efetuou um tiro na cabeça de João. A Polícia informou que não existem muitas pistas, mas já tem uma linha de investigação definida. “Existem indícios de execução e a principal suspeita é a de crime por encomenda”, disse o delegado José Dias.

João Chupel Primo, de 55 anos, esteve junto com outros homens, na sede do MPF em Altamira na quinta-feira (20) informando detalhes sobre a exploração madeireira na Resex e na Floresta Nacional Trairão. A Polícia investiga se a denuncia tem relação com sua morte… 

Para o MPF, o crime tem relação direta com as denúncias que Chupel fez em Altamira. Ele já havia registrado boletins de ocorrência na Polícia Civil de Itaituba e passado detalhes sobre os madeireiros que agem na região para a Polícia Federal em Santarém e para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração das Unidades de Conservação que estão sendo invadidas por madeireiros.

A vítima é uma liderança do Projeto de Assentamento Areia e, de acordo com ele, os madeireiros vinham usando o assentamento como porta de entrada para as matas ainda relativamente preservadas que fazem parte do Mosaico de Conservação da Terra do Meio.

O MPF tem três procuradorias atuando no caso, em Altamira, Belém e Santarém e no último sábado pediu que a Polícia Federal abra inquérito para investigar os crimes ambientais na região.


Fonte: RG 15/O Impacto e MPF