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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Falso padre paraense é preso em São Luís

O arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, negou ontem que o falso padre preso na última terça-feira, em São Luís (MA), Cristiano Santos da Silva, tenha deixado um rombo na arquidiocese da capital paraense, segundo declarações atribuídas ao delegado maranhense Breno Galdino pelo portal de notícias G1.

“Não tenho nenhum conhecimento dessa pessoa, ele nunca passou pela Arquidiocese de Belém”, afirmou Dom Taveira. Segundo ele, é uma “informação improcedente” e a arquidiocese não sofreu prejuízo algum. O arcebispo disse que soube somente que o falso padre “passou por Castanhal”.

Ele acrescentou que apesar de ter chegado a Belém depois dos “eventuais fatos”, o arcebispo emérito, Dom Vicente Zico, não teve conhecimento do falso padre assim como ninguém da arquidiocese.

Segundo o G1, o falso padre já atuava em São Luís há pelo menos sete meses. Ainda segundo o site, o delegado Breno Galdino teria dito que Cristiano Santos já havia celebrado casamentos e batizados e também já teria atuado falsamente como padre em uma igreja no Pará, e “deixou um rombo na arquidiocese de Belém ao não pagar o aluguel de um carro”. A informação de que padres paraenses teriam pedido apoio da Arquidiocese de São Luís para investigar o falso padre também não foi confirmada.

O bispo da Diocese de Castanhal, Dom Carlos Verzeletti, também negou que Cristiano dos Santos teria atuado como padre naquele município. Ele confirmou, entretanto, que ele é natural da Vila de Apeú, onde foi ajudante de um padre por três anos, sem dar “problema algum”.

Segundo Dom Verzeletti, o rapaz de 22 anos tentou se apresentar como padre no ano passado, mas como já era conhecido, foi logo “desmascarado” pelos padres, o que teria evitado que ele chegasse a celebrar missa ou algum tipo de sacramento no município. Depois disso “ele sumiu”.

Cristiano não foi nem mesmo seminarista, garante o bispo, que disse que o caso é de falsidade ideológica. Ele disse ainda que ontem teve contato com pessoas da Igreja de São Luís que confirmaram a informação da imprensa sobre a prisão do falso padre. “Graças a Deus que descobriram no começo”, afirmou Dom Verzeletti.

Dom Alberto Taveira afirmou que se o falso padre celebrou algum casamento ou batizado ele teria feito “uma simulação de sacramento”, porque não é ministro da Igreja. O arcebispo esclareceu que, caso seja confirmada essa informação, os casamentos e batizados feitos pelo falso padre não terão validade e que as vítimas do golpe devem procurar “as autoridades eclesiásticas”, que devem estudar a situação “caso a caso”.

O GOLPE
Segundo o jornal O Estado do Maranhão, o falso padre foi preso quando se preparava para celebrar missa no templo católico mais antigo de São Luís, a Igreja de São João Batista, no bairro de Vinhais Velho. Segundo o jornal, fiéis que já haviam assistido a missas celebradas por Cristiano disseram não ter desconfiado que ele era um impostor, pela habilidade dele com os ritos católicos. Cristiano teria contado à polícia que foi criado por padres em Castanhal e por isso conhecia as celebrações. Ele vai responder por estelionato.



Fonte: Diário do Pará