sábado, 9 de junho de 2012

Santarém registra cinco casos de leptospirose

A Divisão de Vigilância Sanitária (Divisa) notificou 32 casos suspeitos de leptospirose em Santarém, dos quais cinco foram confirmados. Uma pessoa morreu vítima da doença. Os riscos de contrair a leptospirose são grandes durante o período chuvoso, época em que as pessoas estão mais vulneráveis a entrar em contato com água contaminada pela urina de rato, principal transmissor da doença.
A transmissão da leptospirose é mais frequente em áreas nas quais há muito lixo acumulado, falta saneamento básico e pouca higiene, condições propícias para a proliferação dos ratos.

A Divisa informou que realiza campanhas educativas, visando a prevenção da doença, mas há limitações. “A maior dificuldade encontrada está relacionada às condições de muitas pessoas que estão em áreas desfavorecidas, como áreas alagadiças, e outras pessoas que tem o costume de não cuidar do seu lixo”, afirma o biólogo da Divisa, Francileno Rêgo, explicando que as campanhas sensibilizadoras sobre os riscos da doença não surtem efeito se não houver a participação da população em tarefas simples, como por exemplo, não deixar lixo acumulado.
Sintomas
Como ocorre em várias outras doenças infecciosas, o quadro clínico da leptospirose varia muito de indivíduo para indivíduo. O paciente pode apresentar desde quase nenhum sintoma, o que é o mais comum, até um quadro grave com risco de morte.
O período de incubação pode variar de 2 a 30 dias. A média é 10 dias de intervalo entre a contaminação e o início dos sintomas da leptospirose.
Mais de 75% dos pacientes apresentam febre alta com calafrios, dor de cabeça e dor muscular principalmente nos membros inferiores e panturrilha que, às vezes, atrapalha inclusive a locomoção do paciente tamanha a intensidade da dor. 50% apresentam náuseas, vômitos e diarreia. Um achado típico da leptospirose são os olhos acentuadamente avermelhados.
Outros sintomas possíveis incluem tosse, faringite, dor articular, dor abdominal, sinais de meningite, manchas pelo corpo e aumento dos linfonodos, baço e fígado.
A maioria dos pacientes melhora em uma semana. Algumas vezes a evolução da doença é bifásica, com alguma melhora por 2 ou 3 dias seguido de nova piora dos sintomas.
A maioria dos casos de leptospirose apresenta evolução benigna, porém, em cerca de 10% a evolução é mais grave, complicando com insuficiência renal aguda , hemorragias, insuficiência hepática e insuficiência respiratória.
Os pacientes que complicam costumam apresentar sinais de icterícia (pele amarelada) após o terceiro dia de doença. Um sinal muito característico da forma grave é a icterícia bilirrubínica (icterícia mais vaso dilatação, uma mistura de pele amarelada e vermelha, muitas vezes de especto alaranjado)
O diagnóstico do final é normalmente feito através da sorologia sanguínea. Conhecida também como doença do rato.

Fonte: Notapajos/ Com informações de Ronilma Santos

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