quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ministra do Meio Ambiente defende hidrelétricas na Amazônia

Implicitamente, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu nesta quarta-feira as hidrelétricas construídas na Amazônia como meio de tornar a matriz energética brasileira mais limpa. “Somos um país de matriz limpa e renovável, e isso não pesa nada [em termos de competitividade global]. O governo estimula esses investimentos, para aproveitar potencial hídrico na Amazônia, e somos condenados em todos os fóruns. Tem empresa do setor que está sendo condenada por ser sócia de empreendimento hidrelétrico na Amazônia. Isso não tem sentido”, afirmou a ministra durante debate sobre economia verde no 23º Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo. “Se não está bem feito, aí é outra questão, que precisa ser analisada”, disse.

Em outro momento da palestra, Izabella ressaltou que o debate sobre a necessidade de promover estímulos para aqueles que emitem menos gases poluentes, em vez de apenas taxar os maiores emissores, não alcançou a sociedade brasileira. “Em vez disso preferiram discutir se estamos ampliando ou reduzindo unidades de conservação. Se somados, ampliamos mais do que diminuímos as unidades para aumentar potencial de energia renovável”, afirmou. Reportagem recente do Valor mostrou que unidades de preservação foram reduzidas na Amazônia para permitir a execução do projeto da usina de Tapajós.

Para Izabella, é necessário estabelecer parâmetros globais para que o Brasil possa saber como vai competir em um mundo em que o debate ambiental é global. A tendência, disse, é que cada vez mais na legislação brasileira esteja presente exigência de que importações obedeçam aos mesmos critérios ambientais observados no Brasil. Mas, ressalvou ao comentar a questão das hidrelétricas, é preciso ter cuidado com barreiras tarifárias, para não deixar que sejam usadas como instrumentos de proteção comercial, alheios “ao que é determinante nesse projeto de capitalismo sustentável”.


Fonte: O impacto

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