sábado, 7 de abril de 2012

Paraenses já estão em alerta contra a volta da Gripe A

A confirmação dos dois primeiros casos de H1N1 do ano no Pará deixa em alerta a população que em 2009, quando ocorreu a pandemia da doença, viveu o pânico da contaminação. “Na época fiquei desesperada, evitava sair de casa, tinha pavor de encontrar pessoas gripadas e não colocava o pé na porta sem álcool em gel na bolsa. Hoje, estou relaxada,mas a notícia da volta da doença me pegou de surpresa. Agora vou precisar me policiar novamente”, admite a funcionária pública, Irene Costa.

Mais prevenida, a gestora financeira, Angela Guedes, prefere manter-se vigilante. Em casa e no trabalho, atenção redobrada a higienização das mãos. “Na gavetinha da mesa do trabalho não falta álcool em gel. Também fico muito atenta com a limpeza. Seja aonde eu for, lavo as mãos. Higiene é fundamental”, ensina a mulher que mantém a vacinação em dia. “Da última vez eu me vacinei. O Governo está dando a oportunidade, a gente tem que aproveitar. As grávidas que foram contaminadas provavelmente não foram vacinadas”, avalia.

Mas de acordo com a infectologista, Helena Brígido, embora importante, a vacinação não é garantia de imunidade permanente. Ela explica que o período de validade da vacina varia entre 6 e 8 meses e que o ideal seria que a imunização antecedesse o período de maior incidência da doença que coincide com o inverno amazônico.

“Sempre alertamos para a importância de iniciar a vacinação pelo menos dois meses antes do aparecimento dos primeiros casos. Mas a vacinação obedece a um calendário nacional que deixa protegida a população do eixo sul/sudeste e, nem tanto assim, a nossa”, reclama a especialista.

Desde agosto de 2010, o agente causador da “gripe A” é classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um vírus sazonal que circula em todo o mundo com diferente intensidade.

“Esse é um vírus que não vai sair da nossa rota. Ele está disseminado no nosso meio e só depende das condições favoráveis, como pluviosidade e mudança brusca de temperatura, para se manifestar. Vai depender do sistema imunológico de cada um apresentar, ou não, a doença”, explica a médica que faz um alerta.

”O quadro clínico da gripe comum e da H1N1 são muito semelhantes. O paciente pode estar com Influenza A e a gente não sabe. Pacientes imunodeficentes com gripe devem ter atenção redobrada e precisam ser acompanhados de perto por especialistas”, diz. 
 
 
 Fonte: Dol

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