segunda-feira, 9 de abril de 2012

Criança com cancer no facebook é farsa

Em janeiro de 2012, uma foto chocante começou a se espalhar pela web e, principalmente, no Facebook. Segundo o texto que a acompanha, o Facebook irá doar $ 0.03 ou $ 0.05 cents para cada vez que a imagem for compartilhada. A foto é essa aí embaixo:
Em primeiro lugar, o Facebook não está ajudando nenhuma criança com câncer. O bebê mostrado na fotografia está com uma doença conhecida como Hemangioma. De acordo com esse site especializado no assunto, hemangioma é uma formação benigna de capilares e vasos sanguíneos. É um tipo de tumor que ocorre com mais frequencia na infância e em 5% dos nascimentos. Na grande maioria dos casos, o tratamento é feito com aplicação de laser no paciente e a cura é satisfatória (na verdade, ficam algumas seqüelas e cicatrizes no local!).

A foto não é nova

Na verdade, a imagem do bebê com a deformidade que está circulando atualmente pelas redes sociais não é recente. Encontramos postagens da mesma foto em 2007, como nesse site (em árabe).
A criança se chama Samuel e nasceu no Vietnã e foi adotado em 2005. Hope Cantu Ettore, mãe adotiva do pequeno Samuel, explica que o garoto – agora com 7 anos de idade – passou por quatro reconstruções faciais, além de uma cirurgia no olho. Segundo o pesquisador Steve Williamson, a coloração que aparece nas mãos e no pescoço de Samuel na imagem é o resultado de um dos tratamentos médicos.

Como está o bebê atualmente?

O pequeno Samuel cresceu e está muito bem, obrigado! Podemos ver uma foto dele no álbum da sua família no Facebook.
O ato de repassar esse tipo de corrente existe há muito tempo na web. Há 9 anos, o E-farsas pesquisou uma história de outra criança com câncer. Na época, a notícia avisava que para cada e-mail repassado uma garotinha ganharia alguns centavos para ajudar em seu tratamento. Nem é preciso falar que o texto era falso, não é?
Hoje em dia, os métodos usados para repassar esse tipo de corrente mudaram: são “compartilhadas” e “curtidas” no Facebook, “retuitadas” no Twitter, etc.
Não sabemos quais são as reais intenções de quem inicia uma corrente desse tipo, mas atrapalham em muito a vida do internauta que, muitas vezes, acaba repassando a informação falsa achando que está fazendo o bem.

Conclusão

Não repasse esse tipo de corrente. O Facebook não está ajudando ninguém com nenhum tratamento.


Sites pesquisados




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