sábado, 24 de março de 2012

Liberação do carro de Thor Batista compromete perícia

A liberação da Mercedes McLaren de Thor Batista, horas após o atropelamento que matou o ajudante de caminhão Wanderson Santos, de 30 anos, no sábado passado (17), divide a opinião de especialistas.
Horas depois do acidente, o advogado da família levou o carro, com a promessa de manter as condições em que o veículo ficou após o atropelamento. Segundo os agentes da Delegacia de Xerém (61ª DP), como não havia medida administrativa para apreender o veículo e não houve recomendação por parte da perícia para que isso fosse feito, o Mercedes foi liberado após perícia.

Segundo Sérgio Leite, ex-perito do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) que atuou na perícia do carro do ex-presidente Juscelino Kubitschek, morto em acidente na via Dutra em 1976, a decisão pode comprometer o trabalho dos peritos. 
O carro foi liberado sob uma condição esdrúxula. Evidentemente, a influência [da família] foi grande. Eles liberam com o compromisso de não mexer no carro. Isso é um absurdo. Às vezes, um detalhezinho bobo... Você muda a posição no carro e joga tudo no espaço, compromete a perícia totalmente.
Já o especialista em perícia criminal de acidentes de trânsito Rodrigo Kleinübing evita críticas à polícia, mas afirma que o ideal seria ter mantido o carro apreendido.
Geralmente, em um caso desses, eles apreendem o veículo, porque podem precisar de mais alguma informação, como já aconteceu. O delegado disse que, talvez, vá pedir um terceiro exame. 
O ideal é o carro ser apreendido, ficar sob a guarda do Estado e não ser liberado para a parte envolvida. Tem que ter uma guarda para preservar o veículo. Mas, essa decisão de liberar o carro ou não é do delegado. Eu acho que o ideal seria manter o carro apreendido para se completar todos os exames.

Segundo o delegado Mario Roberto Arruda, titular da Delegacia de Xerém (61ª DP), o resultado da perícia feita no carro do filho do empresário Eike Batista deve sair entre 15 e 30 dias.

Fonte: R7



 

Um comentário:

  1. Fosse o filho de um João Ninguém, o "fusquinha" ficava no pátio da Polícia, ate apodrecer... Brasil, abre os olhos, meu povo! Aff!

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