sábado, 10 de setembro de 2011

Site G1 visitou região do Carajás para comprovar viabilidade

Em 17 e 18 de agosto, o G1 esteve em Serra Pelada e mostra em uma série de reportagens o projeto e a estrutura da nova mina, e comprovou que a criação do novo estado levará para Carajás royalties do ouro.




Se aprovada no plebiscito marcado para 11 de dezembro, a divisão do Pará em três estados colocaria Serra Pelada dentro do estado de Carajás – os outros dois, se houver a divisão, seriam o próprio Pará (com uma área menor) e Tapajós.
Nessa hipótese, o pagamento dos royalties da mineração atualmente destinados ao estado do Pará iria para os cofres de um eventual novo estado de Carajás, que teria a mineração como principal atividade econômica da região. Uma parceria entre a cooperativa local de garimpeiros e uma empresa canadense deve permitir a reabertura no ano que vem do garimpo de Serra Pelada, desta vez com extração feita de forma mecanizada.


Segundo a Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, desse total, 65% seriam destinados diretamente para o município de Curionópolis, onde está localizada a mina de Serra Pelada. Outros 23% seriam destinados aos cofres do novo estado de Carajás, caso o plebiscito determine a divisão do Pará. Os 12% restantes seriam pagos pela empresa para a União.

"Nossa região é muito carente de poder público devido à extensão do Pará, que é muito grande. Se houver a divisão, passaremos a ter força política e de investimentos. O dinheiro que é gerado aqui, será revertido para investimentos na própria população", afirma o prefeito de Curionópolis, Wanderson Chamon (PMDB), um dos principais defensores da campanha de independência do estado de Carajás.

Por lei, a verba recebida por meio da CFEM precisa ser revertida em investimentos em infraestrutura, qualidade ambiental, saúde e educação da comunidade.




Na análise do economista Célio Costa, que foi professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC) e é autor de um estudo sobre a viabilidade da criação do estado de Carajás, a divisão do estado melhoraria a vida das comunidades mais isoladas.
Serra Pelada, que desde o começo dos anos 80 se transformou em um ponto de peregrinação para os garimpeiros que buscavam o ouro da região, integra hoje uma região que tem uma carência de cerca de mil médicos e 1,1 mil policiais, segundo mostra o estudo do economista, feito em parceria com a prefeitura da cidade.
"O Brasil precisa entender que, se houver a divisão, aumenta a eficiência da máquina arrecadadora, e com isso diminuem as desigualdades sociais. Existe hoje uma desigualdade muito grande na região, e quem perde com isso é a população", avalia o professor.
Fonte: G1

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