terça-feira, 7 de agosto de 2018

‘Perfuga’ já soma mais de 35 inquéritos na Polícia Civil; 95 pessoas são investigadas

Atuante nas investigações da “Perfuga” sob o comando do delegado Kleidson Castro, a Polícia Civil de Santarém, no oeste do Pará, já instaurou mais de 35 inquéritos que apuram crimes de corrupção, peculato e associação criminosa ocorridos na Câmara Municipal de Santarém no biênio 2015-2016. Segundo do delegado Castro, mais de 95 pessoas estão sendo investigadas pela Polícia Civil e 62 já foram indiciadas nos inquéritos.

Ao longo das investigações da Perfuga, o que mais chamou atenção do delegado foi a identificação de provas que apontam para um quadro de corrupção sistêmica, nos quais, ajustes fraudulentos para obtenção de contratos com a Câmara dos Vereadores de Santarém e o pagamento de propinas a servidores públicos e agentes políticos, além da contratação de servidores fantasmas, passaram a ser frequentes. “Esses acontecimentos subverteram a ética e a moral, pois tais pagamentos espúrios se tornaram rotina e passaram a ser encarados pelos participantes de licitações ou empresários como se fosse algo normal e corriqueiro. Seria segundo os investigados ‘a regra do jogo’ dentro do esquema fraudulento”, disse o delegado Castro. Também chamou a atenção da autoridade policial, a gravidade dos delitos que tiveram grande repercussão, com reflexo negativo e traumático na sociedade local. “Houve desvio de dinheiro público de forma sistemática e serial - alcançando período de 5 anos - beneficiando políticos e empresários que visavam, entre outras finalidades escusas, se perpetuar no poder de forma a influenciar na escolha dos representantes do povo e se beneficiarem do erário, mediante verdadeiro assalto aos cofres públicos por pessoas que possuem a obrigação social de bem servir a sociedade santarena”, pontuou. 

Para o delegado Castro, os efeitos negativos e traumáticos da corrupção na Câmara de Vereadores, também estão evidentes por propiciarem àqueles que tomam conhecimento dos crimes, um forte sentimento de impunidade e de insegurança, uma vez que os prejuízos causados aos cofres públicos alcançam toda a população. “A população é a verdadeira vítima, sendo a maior prejudicada, uma vez que o dinheiro desviado poderia estar sendo usado para melhorar a prestação de serviços públicos”, finalizou.

Fonte: G1 Santarém

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