
Tema: Infraestrutura
1 - O que o sr. já determinou ao secretário de Infraestrutura como prioridade?
R= A primeira recomendação que fiz à nova equipe da secretaria de Infraestrutura é de que faça um diagnóstico completo do sistema viário urbano e do sistema viário rural. Nós temos vias estragadas e vias estratégicas que não ligam apenas um ou outro bairro, mas interligam a cidade. Nós temos gargalos, pontos críticos que estão se acentuando com obras incompletas que estão sendo feitas ou que foram feitas nos últimos tempos. Obras incompletas é você pavimentar uma via que tem um declive acentuado, sem drenagem pluvial. Você apenas está transportando a água que cai da chuva (...) para destruir na frente o que encontrar. Nós vimos isso no bairro do Uruará, com uma chuva mais forte que caiu em dezembro, alagando dezenas de casas. Nós temos vias estratégicas que vão precisar ser reconstruídas. Se fosse uma ou outra rua, eu até poderia estabelecer um prazo. Todo o sistema viário urbano e o sistema viário rural estão comprometidos. É um sistema inteiro que está comprometido. Nós vamos precisar realizar um trabalho hercúleo de reconstrução do sistema viário. Mas eu quero assegurar uma coisa: dedicação, empenho, seriedade, comprometimento, foco, prioridade da nossa gestão será a infraestrutura tanto da cidade quanto da zona rural.
2 – Há algum projeto para reestruturar ou retirar daquele local o terminal de passageiros e cargas?
R= Nós pretendemos convidar alguns técnicos especializados da área do Transporte para nos ajudar a tomar algumas decisões. Não vou tomar decisão como essa que implica no interesse coletivo, não apenas local como regional, na base do ‘achismo’ ou da emoção. Eu tenho que ter estudos técnicos que me balizem a tomar uma decisão. Eu não sei se aquele é o ponto do terminal. A Prefeitura está fazendo um investimento que se arrasta a passos de tartaruga na TC Juta. Eu tenho a informação de que lá seria um terminal de passageiros e de cargas. Esse é o questionamento que eu faço: será que deve ser os dois juntos? Será que não seria interessante a gente separar terminal de passageiros e terminal de cargas? Segundo ponto: já pensando no que vem pela frente, nós aprovamos um pacote de empréstimos que a Assembleia Legislativa do Pará autorizou o governo do Estado a fazer agora em outubro, já em período pós-eleitoral, nós aprovamos recursos na ordem de R$ 30 milhões para a implantação de uma estação hidroviária de passageiros em Santarém. Há também recursos disponíveis no governo federal, então vamos fazer um estudo técnico profundo que indique localização, estruturação e utilizar esses recursos, já que é uma obra de alcance regional, para que a gente tenha um terminal de cargas e uma estação de passageiros descente para a população local e regional.
3 – Um assunto que envolve infraestrutura, cultura, o bem estar de que mora na Rua Anysio Chaves, onde era a pista do antigo aeroporto. No governo em que o senhor fez parte como vice-prefeito, chegou a ser iniciado um projeto, mas não foi concluído naquela época, o governo atual também não fez nada. Dá para retomar o projeto?
R= Isso é compromisso de campanha: a pista do lazer. Nós pretendemos urbanizar esta pista, implantando nela equipamentos de esporte e de lazer, quadras das diferentes modalidades de esporte, pista de skate, parque infantil, área para eventos culturais, vai ser a pista mais bonita da cidade para uso das famílias santarenas, se Deus quiser. Obviamente que não dá para começar por ela, diante de tantos desafios e pontos críticos que nós vamos precisar priorizar, mas ainda no primeiro ano a gente inicia o projeto.
Tema: Saúde
1 – Como é que o senhor pretende trabalhar a questão do atendimento nas unidades básicas de saúde?
R= Eu não tenho dúvidas que o desafio maior na Saúde, para termos êxito na ponta no Hospital Municipal que inegavelmente não presta serviços satisfatórios e a reclamação é sempre crescente, a gente não combate isso se não aumentarmos os investimentos no início, na prevenção de doenças. Eu disse isso em campanha e vou reafirmar o governo todo: nós temos que investir mais e melhor para evitar que a população adoeça. Como é que nós fazemos isso? Com um programa de agentes comunitários de saúde que funcione, com os agente valorizados, prestigiados, inclusive os de combate às endemias. Com estratégia de saúde que tenha uma cobertura maior do que 23% da população. Com unidades básicas de saúde no início dessa ponta. Se isso não funcionar, o hospital vai estar sempre sobrecarregado. Exemplo: nós temos quatro unidades de saúde que são de pronto atendimento 24 horas, nenhuma presta este serviço nessa condição. Não há médicos nem 10 horas, quanto mais 24 horas. Não tem medicamento, não tem equipamento, não tem assistência à população. A recomendação é investir pesado e focar na prevenção de doenças na atenção básica de saúde, inclusive com a contratação de profissionais de saúde.
Tema: Trânsito e Transportes
1 – Como o senhor pretende dialogar na questão da concessão de ônibus, mototaxis, etc?
R= A prioridade no transporte será o transporte coletivo. Todas as linhas novas, a partir de primeiro de janeiro, que forem concedidas pela gestão municipal serão feitas via licitação pública. Acabou a distribuição de linhas de transporte coletivo de forma aleatória! Nós pretendemos fazer um estudo atualizado do sistema de transporte em Santarém para priorizar a pavimentação de vias do transporte coletivo e eliminar gargalos que sobrecarregam vias importantes. A Sérgio Henn e a Fernando Guilhon são ícones. Vamos buscar alternativas para essas vias, não tem jeito. O usuário não vai deixar de usá-las. Nós é que temos que dar opção para que elas sofram uma sobrecarga menor, buscando alternativas de utilização de outras vias. No caso da Fernando Guilhon, não dá mais para os bairros Santarenzinho, Maracanã, do Eixo Forte, Aeroporto. A expansão urbana caminha pra lá. Todos sendo atendidos por uma única via. É prioridade buscar uma segunda via de ligação dessa região ao restante da cidade.
2 – E quanto a qualidade quanto à acessibilidade de pessoas com deficiência, outra questão logo nos primeiros meses que o senhor terá que resolver é quanto à passagem para os estudantes, como o senhor pretende tratar esses assuntos?
R= A secretaria, que antes era de Transporte e Trânsito, hoje recebe o nome de Mobilidade e Trânsito, aliás, por lei federal, o Município tem que elaborar um plano municipal de mobilidade. Já era para ter, não tem, vamos correr atrás. Essa questão da passagem de ônibus, estudantes de um lado e empresários de outro, eu vou sempre apostar no caminho do diálogo. Se chegarmos num entendimento, a gente comparece à Justiça e facilita o trabalho desta. O importante é a gente ter disposição para dialogar como todos os seguimentos da sociedade para buscarmos o entendimento. Se não for possível um consenso para a gente perseguir algo que contemple a grande maioria.
Tema: Saneamento Básico
1 – A cidade trata zero de esgoto, apesar de haver duas estações em construção. Temos a situação de Alter do Chão, da frente da cidade. Como senhor pretende atacar este problema?
R= Nós estamos criando uma coordenadoria de Saneamento Básico para que a gente tire de baixo do tapete e ponha em cima da mesa essas questões. A Prefeitura, com autorização da Câmara, deu uma concessão de mais 20 anos para a Cosanpa. Quero lembrar que essa concessão dada ano passado abrange abastecimento de água e esgotamento sanitário. Quando essas obras de esgoto sanitário que o Município está fazendo com recursos do PAC estiverem concluídas, terão que ser passadas à gestão da Cosanpa. Nós vamos simplesmente repassar o problema? Não! A ideia de criar a coordenadoria é para o Município entender que a responsabilidade e o compromisso com essas áreas é do Município. A concessão não impede a fiscalização e o controle desta prestação de serviços que nós faremos dia a dia.
O prefeito eleito toma posse na próxima terça-feira (1º) em cerimônia a ser realizada na Câmara Municipal de Santarém, às 17 horas.
Fonte: Notapajos
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