Os números de casos de malária
aumentaram 30% nos três primeiros meses do ano no Amazonas, em
decorrência das cheias nos rios do estado. A informação é da Fundação de
Vigilância em Saúde (FVS), vinculada à Secretaria de Saúde do Amazonas,
que apontou como outro motivo para a elevação do índice a dificuldade
de acessar as regiões mais afastadas, como zonas rurais e aldeias
indígenas.
A diretora técnica da FVS, Lubélia Sá
Freire, informou que o órgão está adotando várias medidas para prevenir a
doença, tais como a distribuição de mosquiteiros.
“Nós estamos atuando e
aumentando, principalmente, o processo de distribuição de mosquiteiros
impregnados cortinados de rede embebidos com inceticida que não fazem
mal à saúde, usados para ações individuais e também a pelagem de casa. O
governo do estado está garantindo a assistência neste momento”,
disse.
Segundo ela, há equipes de plantão para
fazer o atendimento nos municípios amazonenses.
“Nesse período, nós
mobilizamos equipes de cada setor para atender os municípios mais
atingidos que fazem a preparação destas comunidades porque ainda
teremos cheias até que o fluxo das águas recue, segundo a Defesa Civil
estadual. As nossas estradas são os rios, então nós temos que conviver
com isso e continuar desenvolvendo estratégias para combater as cheias”,
ressaltou.
De acordo com o Ministério da Saúde, o
Amazonas é o segundo maior estado com concentração de casos de malária
do país. Em 2010, foram registrados 74.136 casos e, no ano passado,
60.668 uma redução de 18%. Ainda de acordo como o órgão, a Amazônia
Legal área compreendida pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, de
Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, Roraima, do Tocantins e parte do
estado do Maranhão – concentram 99% dos casos de malária no país.
O ministério repassou R$ 15 milhões em
2011 para a instalação de mais de 1 milhão de mosquiteiros com
inseticidas e enviou 194 microscópios para a rede de diagnósticos de
malária, 39 caminhonetes e 250 mil testes rápidos para verificação da
doença.
Fonte: Dol
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