A falta de chuvas e a baixa das águas dos rios Tapajós e Amazonas
preocupam autoridades e ribeirinhos de Santarém e de vários municípios
do Oeste paraense. Dezenas de municípios do entorno de Santarém estão
sendo castigados pela seca, o que dificulta o transporte de centenas de
pessoas das áreas de rios para as cidades.
Em Santarém, as autoridades do Município realizam encontros para
discutir medidas para enfrentar o problema. O fenômeno preocupa os
moradores da cidade, já que em 2009 foi registrada uma das maiores
cheias do rio Tapajós, contrastando com a realidade deste ano, quando o
assoreamento dos rios e igarapés está deixando a região em alerta.
De acordo com os ribeirinhos, as comunidades mais atingidas são:
Arapixuna, Arapiuns, Tapajós e Lago Grande. O peixe, a principal fonte
de alimentação do ribeirinho, já começa a faltar. Neste ano, o nível do
rio Tapajós é bem maior comparado ao ano anterior.
No caso de Itaituba, algumas áreas da cidade estão sofrendo com a
longa estiagem. O município de Aveiro, vizinho a Itaituba, é um dos mais
castigados pela seca do rio Tapajós. Na mesorregião do Tapajós, Aveiro e
Itaituba são os municípios mais castigados pelo período seco.
Já no Município de a estiagem começa a preocupar. Onde há
pouco tempo existia bastante água, hoje é só mato e terra. Com isso
vão-se os peixes e a escassez de comida aumenta, principalmente para o
ribeirinho que tem o rio como sua principal fonte de sustento.
Os danos causados são tão grandes quanto os da cheia, visto que, o
principal obstáculo é a falta de água e consequentemente a comida.
No total, são 19 comunidades de várzea que já receberam mais de 600
filtros que utilizando o cloreto obtém água de boa qualidade. O
município de Óbidos é um dos que está em melhores condições de
utilização desses filtros e consequentemente menos incidência de doenças
típicas dessa época, informou a Defesa Civil.
Caracterizada por um longo período sem
chuvas, o período de estiagem no Oeste do Pará inicia no mês de setembro
tendo o seu mais alto grau de severidade em outubro e novembro. Para
evitar danos e focos de incêndios em todas as regiões paraenses, a
Defesa Civil do Estado iniciou os trabalhos de orientação à população e
capacitação das defesas civis municipais.
Os principais danos causados pela estiagem são os focos de incêndio,
diminuição dos níveis de água nos rios, complicação no transporte
fluvial e na pesca. A região Oeste, principalmente no Baixo Amazonas, é
apontada, segundo o relatório, como a mais castigada durante este
período.
“Apesar de nossas ferramentas hidro-climatológicas não captarem um
alto nível de severidade nestes últimos meses, nós da Defesa Civil já
iniciamos os trabalhos de preparação das equipes de todas as regiões do
Estado”, explica o Tenente-Coronel José Augusto Almeida, coordenador
adjunto da Defesa Civil do Estado.
O Tenente-Coronel José Augusto repassa
algumas orientações à população. “Primeiro, é importante acompanhar e
seguir as orientações das coordenadorias municipais da Defesa Civil,
pois elas estão capacitadas para atender cada região de acordo com suas
particularidades”. O coordenador explica, também, que as queimadas devem
ser evitadas a todo e qualquer custo. “O risco de ocorrência de
incêndios descontrolados é muito alto nesse período”, ressalta José
Augusto.
Fonte: O impacto
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