terça-feira, 16 de outubro de 2012

Campanha “Outubro Rosa” alerta para a prevenção ao câncer de mama

Com o objetivo de chamar atenção para a realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio das coordenações estaduais de Saúde da Mulher, Nutrição, Hipertensão e Diabetes, realizou nesta terça-feira, 16, uma mobilização alusiva à campanha “Outubro Rosa”, que agregou palestras e exames preventivos entre a biblioteca e o hall de entrada do Nível Central da Sespa, em Batista Campos, centro de Belém.

O secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, lembrou que o mês de outubro é marcado, em todo o mundo, por um reforço nas ações de combate ao câncer, principalmente os que mais afetam as mulheres, como os do colo do útero e o de mama. “É o momento em que mais chamamos a atenção, com toda a naturalidade, que é possível enfrentar essa doença no momento do diagnóstico precoce, como também alertando sobre os fatores de riscos que podem desencadear tal processo. Nesse sentido, repensar uma mudança no estilo de vida é fundamental para deixarmos bem distante o risco de desenvolver câncer”, explicou.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a doença é a terceira mais incidente entre as mulheres, atrás do câncer de pele e de útero. O INCA estima 740 novos casos deste tipo de câncer no Estado para este ano, sendo mais da metade destes registros só em Belém. Conforme informações do Hospital Ophir Loyola (HOL), no período de 2000 e 2010, entre os cânceres mais freqüentes nas mulheres são os de útero (4.884 casos); de mama (2.871); estômago (547) e do sistema hemato e reticuloendotelial (434).
A campanha “Outubro Rosa” chegou ao Brasil em 2008, por iniciativa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), baseada em outro movimento surgido um ano antes, na Califórnia, Estados Unidos, igualmente empenhado em conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce. Na Sespa, dezenas de servidores aderiram à campanha e muitos foram submetidos a testes, como os de glicemia, pressão arterial e demais procedimentos, a exemplo da avaliação antropométrica, nutricional, seguidos de entrega de um kit de alimentação saudável.
Na biblioteca, outro grupo assistiu à palestra do médico mastologista Antonio Nahum Pinho, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia, que enumerou o quanto o câncer de mama pode ser evitado, caso a mulher mantenha o hábito de realizar exames de rotina em prazos já amplamente divulgados por profissionais de saúde.  “Tumores de até 1,5 cm possuem uma probabilidade maior de terem chances de cura. Por isso que os exames são essenciais, pois pois quanto mais cedo a pessoa souber que apresenta a doença, melhor para o tratamento”, lembrou.
De acordo com o mastologista, quem possuir um membro da família que teve ou tem câncer deve redobrar a atenção, visto que o fator genético é decisivo na incidência não são do tipo que afeta a mama, mas também de outros tipos. A respeito dos sintomas, Antonio Pinho lembrou que o principal sinal é o nódulo acompanhado ou não de dor mamária. Lembrou ainda que o auto exame, tão propagado nos anos 1990 como primordial na detecção da doença, não tem se mostrado eficaz na descoberta precoce da doença. “Ele continua sendo recomendado, mas preferimos a mamografia, que costuma ser mais precisa. E as mulheres precisam repensar seus hábitos, pois a saúde, em muitos casos, tem sempre ficado em segundo plano por causa das tarefas do dia-a-dia”, comenta.
O ciclo de palestras ainda contou com o pronunciamento da médica Consuelo Oliveira, que reforçou o empenho da classe em sensibilizar profissionais de saúde de outros ramos a propagar informações em favor da prevenção do câncer de mama. A técnica da Coordenação Estadual de Saúde da Mulher, Michelle Monteiro, informa que a Sespa encontra-se à disposição da comunidade em geral para orientações acerca da campanha, reproduzindo-a em escolas, centros comunitários e em outros espaços de concentração popular. “O importante é que seja feita a conscientização da população quanto ao exame clínico das mamas, apontado como a primeira providência para a detecção precoce do câncer de mama em favor de uma maior chance de sobrevida e cura”, explicou.
Interessante ressaltar, ainda, que o Pará apresentou aumento de 7% no número de mamografias realizadas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), se comparado ao primeiro semestre de 2011. Até ao final de setembro deste ano, 17.585 exames foram realizados, enquanto em 2011 realizou-se 16.410. Na faixa prioritária (50 a 69 anos), foram realizadas 6.587 mamografias, o que representa 7% a mais que no passado, quando foram feitas 6.291 exames.
Fonte: Agência Pará

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