segunda-feira, 18 de junho de 2012

Policiais apreendem 290 quilos de carne de capivara em Soure

Após telefonema anônimo, policiais civis da Superintendência Regional dos Campos do Marajó apreenderam 290 quilos de carne de capivara, animal da fauna silvestre, prontos para venda, na zona rural de Soure, ilha do Marajó. As informações foram divulgadas neste domingo (17) pela equipe policial. A carne estava na fazenda Quero Ver, localizada às margens do rio Paracauari. Ivonildo Souza Silva, Dagoberto do Socorro Souza Silva Júnior e Cléber Cabral Pinheiro foram detidos no local.
No total, foram encontradas 15 capivaras mortas. Os acusados foram autuados com base no artigo 29, da Lei nº 9.605/ 1998 (Lei de Crimes Ambientais), por “matar, perseguir, caçar, apanhar, usar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”. Eles foram enquadrados em Termo Circunstanciado de Ocorrência, e, por se tratar de crime de detenção, foram liberados para responder ao processo.
Na ocasião, os policiais civis providenciaram a perícia no material apreendido. A carne, já retalhada e salgada, estava embrulhada em sacas de plástico. “Devido à falta de conservação em local adequado, a carne estava em condições impróprias para o consumo humano e assim deveria ser destruída”, explicou o delegado Arilson Caetano, titular da superintendência da Polícia Civil na região.
A equipe da Polícia Civil solicitou apoio à prefeitura local e à Vigilância Sanitária para que fosse providenciada a destruição da carne. O material foi levado até o lixão municipal de Soure, onde foi coberto com óleo queimado e, depois, enterrado. Arilson Caetano explicou que a operação foi mais uma ação da Polícia Civil para combater os crimes ambientais na região.
“Adotamos medidas necessárias para investigação, prevenção, repressão e apuração das infrações penais lesivas ao meio ambiente, principalmente devido às particularidades naturais de Soure e de toda região do Marajó”, detalhou. Segundo ele, a apreensão foi resultado da parceria entre as polícias Civil e Militar e os órgãos ambientais e fazendeiros da região. “Após diversas reuniões, passamos a manter contato direto, sendo informados, de forma rápida, de possíveis ações de criminosos nas localidades”, concluiu.

Fonte: Agência Pará de Notícias

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